Valor de mercado da Telecom Italia caiu US$ 2,5 bilhões com restrições de venda no Brasil

A restrição de venda de novas linhas móveis imposta pela Anatel à TIM em 18 estados mais o Distrito Federal gerou uma perda de US$ 2,5 bilhões no valor de mercado da sua controladora, a Telecom Italia. A informação foi transmitida ao ministro Paulo Bernardo nesta quarta, 25, pelo presidente da tele italiana, Franco Bernarbè.

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Paulo Bernardo ponderou que isso não significa que a empresa valha menos de fato, uma vez que só perderam dinheiro aqueles acionistas que optaram por vender suas ações. “Evidentemente que houve um transtorno provocado na base de acionistas, mas só houve perda para aqueles que realizaram (venderam suas ações)”, afirma o ministro.

Bernardo relatou que os executivos consideraram a medida severa. Em resposta, o ministro disse que a Anatel tem registrado um aumento no número de reclamações e que tem trabalhado “há vários meses” sobre esse assunto com as empresas. “Nós achamos severas, mas não temos qualquer interesse em demonizar as empresas, em prolongar essa interrupção além do que for necessário”, afirma ele. O ministro também relatou a Bernabè a audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados em maio, “na qual fomos (o governo e as empresas) duramente criticados”.

Paulo Bernardo considerou a visita “positiva”, assim como o plano de investimento que a TIM vem discutindo com a Anatel que “tem começo, meio e fim”. “Sair da Italia e vir aqui conversar conosco mostra a importância que eles têm dado a essa questão”, disse o ministro.

Na saída da reunião, Franco Bernabè disse que há um interesse recíproco de que o plano de investimentos apresentado pelo TIM seja aprovado o quanto antes.

Planos

Embora os planos de chamadas ilimitados tenham sido considerados responsáveis pela degradação do serviço das teles, o ministro disse que o governo não tem intenção de interferir nos planos das empresas. Sobre o fato de os planos de investimento não contemplarem novos recursos, o ministro está confiante de que mesmo assim eles serão capazes de melhorar a qualidade do serviço e do atendimento.

Investimentos

Paulo Bernardo evitou culpar a falta de investimento pela degradação do serviço, mas disse que as empresas têm de investir mais. “Nos últimos dez anos, as empresas investiram em média R$ 17 bilhões, mas esse investimento tem que aumentar, principalmente na infraestrutura básica de rede. A gente tem falado em R$ 25 bilhões por ano”.

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