A intenção do governo é aumentar o percentual do superávit primário em mais R$ 3 bilhões em três anos de modo a atender as exigências do Fundo Monetário Internacional. De acordo com o deputado Sérgio Miranda (PC do B/MG), membro da Comissão Mista de Orçamento da Câmara, sempre que uma parte do orçamento é contingenciada para aumentar o superávit primário (a diferença entre o que o governo arrecada e o que o governo gasta) tem-se a impressão de que estes recursos serão utilizados para o pagamento de juros. "Não é isso que vai acontecer com os recursos do Fust", lembra Miranda. "Apesar de permanecer na conta única da União, o dinheiro do Fust não poderá ser gasto em outra coisa, devendo ser mantido apenas como forma de diminuir a necessidade de caixa por parte do Governo Federal".