A Globalsat Group, provedora de serviços móveis por satélite, tem ampliado o escopo de atuação da empresa no fornecimento de soluções de Internet das Coisas (IoT). O foco está em setores que operam em áreas sem cobertura terrestre, como mineração, agronegócio, utilities e atividades marítimas.
Um dos exemplos é o da Bioespélio, empresa especializada em pesquisas ambientais. A companhia adotou uma solução de conectividade via satélite da Globalsat para transmitir dados de um sismógrafo instalado em cavernas.
Antes, as equipes precisavam visitar o local uma ou duas vezes por mês para baixar os dados e verificar o estado dos equipamentos. Com o sistema remoto, as visitas passaram a ser semestrais ou feitas apenas sob demanda.
Biólogo sênior da Bioespélio, Denizar de Almeida Alvarenga disse que essa mudança reduziu em 91% o tempo de exposição dos profissionais em campo. As áreas monitoradas ficam em regiões de difícil acesso, com trilhas em mata fechada, calor, chuva e risco de ataque de animais.
De acordo com o executivo, a tecnologia também aumentou a confiabilidade das informações. O primeiro protótipo instalado operou sem nenhuma interrupção entre novembro de 2021 e março de 2025, quando foi descomissionado. Outras sete estações de monitoramento foram instaladas. Mesmo com falhas pontuais (como oxidação ou infestação de insetos) o backup interno dos equipamentos possibilitou a preservação dos dados.
Mercado
O otimismo da Globalsat dentro do segmento de IoT tem a ver com a expectativa de mercado aquecido. Segundo projeções citadas pela companhia, esse setor pode chegar a U$ 356 bilhões até 2034.
A taxa média de crescimento estimada é de 18,6% ao ano. Já o segmento corporativo teria movimentado US$ 269 bilhões em 2023, com expectativa de alcançar US$ 301 bilhões até 2025.