Participando da abertura do evento FeninfraLive nesta sexta-feira, 25, o prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes, manifestou expectativa com a realização rápida do leilão de 5G e com a aprovação final do PL das antenas na cidade.
"Há toda a importância da tecnologia 5G, mas também do momento que acontece. Estou torcendo para que o leilão seja proveitoso e concluído, pois nós teremos a partir de setembro todas as pessoas vacinadas com primeira dose [na cidade] e compromisso de trabalhar pela recuperação econômica", afirmou Nunes.
O prefeito destacou o retorno financeiro potencial da tecnologia e lembrou que a chegada o 5G é uma das principais razões para a proposta de uma nova lei das antenas para São Paulo. O texto (PL 347/2021) enviado pelo Executivo está tramitando na Câmara Municipal.
Durante o evento da Feninfra, Nunes destacou que a cidade ainda tem manchas de falta de cobertura de Internet apesar de ter o terceiro orçamento do País. "No projeto de lei, o artigo 25 apresenta a necessidade de que empresas façam cobertura nessas manchas onde ainda não têm Internet. O mais importante é que o setor compreendeu a importância", sinalizou o prefeito.
Segundo Nunes, a criação das áreas prioritárias deve considerar escolas (onde 108 mil alunos da rede pública estariam em bairros com cobertura insuficiente) e unidades básicas de saúde. A cidade estaria "correndo contra o tempo" para garantir conectividade nos aparelhos municipais, ainda de acordo com o prefeito.
Laboratório
Presente no debate da Feninfra, o ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, afirmou que o sucesso do 5G na maior cidade do País será preponderante para o lançamento nacional da tecnologia.
"A cidade de São Paulo é fundamental para a instalação do 5G e será um grande laboratório. A aprovação da lei das antenas [da cidade] será importante para que não tenhamos nenhum tropeço. Dando certo, o resto do Brasil vai acompanhar", afirmou Kassab.
A iniciativa liderada por Nunes também foi destacada pela presidente da Feninfra e da Contic, Vivien Suruagy. "Necessitamos de leis municipais atualizadas e ágeis para implantação de um volume enorme de antenas, substituindo leis atrasadas que geram demora para autorizações", afirmou a dirigente.