Seguindo uma demanda do setor, tanto de operadoras como de trabalhadores de campo, a Anatel encaminhou ofício ao Ministério da Saúde sugerindo que os profissionais de telecomunicações sejam considerados grupo prioritário para a vacinação contra a covid-19. O presidente da agência, Leonardo Euler de Morais, confirmou a solicitação enviada ao governo nesta sexta-feira, 25, durante painel de abertura do Feninfra Live, evento organizado por TELETIME.
Euler mencionou que durante a pandemia, as telecomunicações foram consideradas serviço essencial e permitiu que a sociedade brasileira continuasse a funcionar em meio às necessidades de isolamento social. Assim, o setor precisou continuar – e até aumentar, uma vez que cresceu a demanda por banda larga – com ações de instalação de equipamentos e manutenção de rede, com combinação de software e antenas para reforçar sinal móvel, aumento de fibras para backbone e aprimoramento de roteamento.
"Considerando todo o contexto, enviei ofício ao Ministério da Saúde solicitando que fosse considerado contemplar como grupo prioritário trabalhadores do setor de telecom, notadamente aqueles que trabalham com instalação de equipamentos e manutenção de rede", declarou o presidente da Anatel. Ele reforçou que isso também leva em conta a necessidade da "preservação do fluxo de trabalho e de ensino".
Euler não revelou quando esse ofício foi encaminhado, e nem se já obteve resposta do Ministério da Saúde. Atualmente, capitais já estão implantando a vacinação por critério de idade.
Ainda no final de março, a Confederação de Tecnologia da Informação e Comunicação (Contic) já tinha encaminhado ao MS a mesma solicitação, destacando que o setor já teve mais de 50 mil trabalhadores contaminados, sendo que apenas em março deste ano foram 12 mil trabalhadores contaminados (um aumento de 170%).
Agora em junho, as principais entidades de telecomunicações do País iniciaram campanha pública "Vacina para os profissionais de telecom". A iniciativa reúne, além da própria Contic, Abrint (pequenos provedores), Conexis (grandes operadoras), Febratel, Feninfra, Fenainfo, Associação Neo e Telcomp (operadoras competitivas), e também as entidades sindicais de trabalhadores Fenattel, Fitratelp, Livre UGT e Sintetel-SP.