A Highline negou que esteja ingressando em um consórcio de provedores regionais (ISPs) para participação conjunta no leilão de 5G. Segundo a operadora de infraestrutura, a intenção é atender o segmento – seja a partir da aquisição de espectro ou apenas na construção de infraestrutura.
As considerações foram realizadas nesta sexta-feira, 25, durante evento promovido pelo portal Tele.Síntese. "A gente não visa fazer consórcio com os ISPs. Queremos nos manter independentes e oferecer infraestrutura, seja para os pequenos provedores ou para grandes operadoras", afirmou o diretor de estratégia e novos negócios da empresa, Luis Minoru.
Segundo o executivo, a empresa avalia dois modelos distintos de participação no 5G: um envolve aquisição de espectro e montagem da rede neutra pela própria Highline, como já revelado. Contudo, é necessária uma garantia clara de que ISPs na ponta fariam a prestação do 5G.
"Temos disposição, mas precisamos também do compromisso que eles façam oferta. Não adianta ter a infraestrutura e não ter quem preste o serviço", afirmou Minoru. Ele também esclarece que o plano é habilitar operadoras móveis virtuais (MVNOs) ou de banda larga fixa sem fio (FWA), e não disponibilizar capacidade no mercado secundário.
Já no segundo formato, as próprias operadoras competiriam pelo espectro e utilizariam a Highline como "alternativa de empresa capitalizada" que possa realizar a expansão da cobertura e cumprimento dos compromissos. "Os dois modelos estão em jogo", afirmou Minoru.
American Tower
Quem também acompanha de perto a movimentação em torno do leilão 5G é a American Tower. Diretor de novos negócios e IoT da gigante, Daniel Laper afirmou que a empresa de infraestrutura tem conversado com grandes operadoras, eventuais entrantes e ISPs para definir sua estratégia.
"Com o nosso número de sites, não temos como não observar [as movimentações em torno do leilão]", afirmou o executivo. Além das torres e das ofertas neutras de fibra óptica e IoT, a American Tower também avalia a oportunidade de oferecer edge computing neutro acoplado às estações. Já praticado nos EUA, a possibilidade dependerá da evolução da estratégia das operadoras no País.