A vertical de telecomunicações perdeu espaço no orçamento total destinado à tecnologia dos bancos brasileiros ao longo de 2021, revelaram dados de pesquisa divulgada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Deloitte.
No ano passado, um total de R$ 30,1 bilhões em gastos com tecnologia foram apurados junto a 17 instituições financeiras. A fatia dos recursos destinada à telecomunicações correspondeu a 8% do total, ou cerca de R$ 2,4 bilhões.
A proporção é menor que os 11% apurados em 2020 e que os 18% de cinco anos atrás. Da parcela de telecom, a maior parte (R$ 2,3 bilhões) foi identificada pela Febraban como despesas, ao passo que uma fatia bem menor (cerca de R$ 0,2 bilhão) foi classificada como investimento.
Para 2022, a expectativa da Febraban é que os aportes em recursos tecnológicos cresçam novamente, atingindo a marca de R$ 35,5 bilhões. Neste caso, o 5G ocupa papel de destaque como uma das tecnologias prioritárias ao lado de nuvem, inteligência artificial e segurança cibernética.
Panorama
De forma geral, os mais de R$ 30 bilhões movimentados pela cadeia em tecnologia foram repartidos em R$ 18,8 bilhões para despesas e R$ 11,3 bilhões para investimentos, após crescimentos anuais de 6% e 27%, na ordem. O montante total cresceu 13% frente 2020, impulsionado por investimentos em software.
A participação da vertical cresceu de 51% para 58% do total investido pelos bancos em tecnologia. Aportes em software de gestão de relacionamento como o cliente (CRM), big data, analytics e open finance puxaram o movimento.
Já a fatia relacionada com hardware recuou de 31% para 27%, enquanto os serviços de TI ficaram estáveis em 7% do orçamento total. Nesta categoria entram atividades como apoio na implementação, infraestrutura em nuvem e serviços de aplicativos gerenciados que também podem ser prestados por teles.