Vivo projeta Open RAN para áreas rurais, Internet das Coisas e redes privativas

Testando no Brasil a tecnologia de redes de acesso abertas e com desagregação de fornecedores (Open RAN), a Vivo projeta a implementação comercial do novo padrão em projetos em áreas rurais, de redes privativas e de Internet das Coisas (IoT).

Durante debate realizado nesta terça-feira, 25, durante o TELETIME Tec, o diretor de planejamento de rede da Vivo, Átila Branco, revelou parte da estratégia para a área após experimentação em Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) em cima da rede 4G.

"Nossos testes foram overlay (sobreposição), mas há espaço para [projetos] greenfield. Existem regiões rurais e muitas demandas de redes privativas e de IoT que podem ser endereçadas. Esse espaço vai ser ocupado pelo que hoje é nicho e vai se expandir", afirmou Branco.

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Segundo o profissional, se as soluções atuais (e proprietárias) de RAN podem somar até 9 mil funcionalidades, a companhia precisaria de apenas 50 para atendimento de alguns destes casos de uso. "Às vezes somos obrigados a comprar redes pensadas em contextos globais, mas que diferem da necessidade de um cliente de uma certa região", notou.

Adaptação

Neste sentido, a empresa projeta para breve o lançamento de serviços comerciais em cima do padrão aberto. O planejamento, contudo, é para a rede 4G. No 5G, a visão é de falta de maturidade para uma implementação massiva do Open RAN.

Segundo Branco, a questão seria mais operacional do que propriamente tecnológica, uma vez que as prestadoras terão novas preocupações com arquitetura de software e hardware. "Muda a relação da operadora com a tecnologia. Não é algo que se resolve em um clique, tem que se adaptar e buscar parceiros", afirmou o diretor de engenharia de rede.

Dessa forma, a redução de até 30% no custo de capital prometida com o Open RAN seria absorvida com o passar do tempo, ao lado da evolução do modelo operacional.

Ecossistema

Para acelerar o movimento, processos de homologação conjuntos entre as teles devem ser adotados sempre que possível. "Uma das colaborações vai ser permitir as homologações compartilhadas em um nível base", afirmou Branco.

A aposta em novos fornecedores também não deve representar um rompimento com players tradicionais. Para a Vivo, as empresas consolidadas devem mirar cada vez mais o Open RAN e transformar o segmento em uma nova linha de receitas.

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