GT de Open RAN da Anatel já conta com 130 participantes

O grupo de trabalho (GT) da Anatel para redes de acesso abertas e com múltiplos fornecedores (Open RAN) já conta com 130 participantes, entre representantes de operadoras, big techs, fornecedoras de hardware, software e serviços e a academia.

A parcial foi divulgada pelo superintendente de outorgas e recursos à prestação da Anatel, Vinicius Caram, durante o segundo dia do TELETIME Tec, realizado nesta terça-feira, 25. Segundo ele, o GT de Open RAN deve ter sua terceira reunião nos próximos dias.

Em paralelo, um Termo de Execução Descentralizada (TED) para busca de parceiros da academia também será colocado em prática. A intenção é que o aspecto econômico, regulatório e de capital humano seja considerado no trabalho.

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Projeções

O superintendente recordou que, ao fim de 24 meses, o GT apresentará estudo que subsidiará possíveis estímulos e incentivos públicos à adoção. Entre as razões para tal está uma significativa redução de custos vislumbrada pela Anatel, com reflexos positivos sobre a cobertura do País.

"O Open RAN pode reduzir capex e opex em até 30%. No Brasil, são mais de R$ 30 bilhões por ano investidos: 30% disso é um potencial de R$ 10 bilhões a mais para serem investidos em gaps de cobertura", afirmou Caram.

O profissional também avalia que estudos já apresentados pela Mavenir e por players japoneses indicaram que, dentro de dois anos, 10% da rede de acesso brasileira poderia ser em Open RAN. Em cinco anos, a importância poderia passar para 50% da rede de acesso nacional

Dada a relevância, Caram considera indispensável que reguladores se debrucem sobre o tema. Aspectos culturais e tecnológicos da adoção do padrão aberto também foram abordados durante o debate, bem como a possibilidade de fomento à uma indústria local para a área – com destaque ao segmento de software.

Na RAN tradicional, as redes de acesso utilizam tecnologia integrada, com rádios, hardware e software fornecidos por único fornecedor em solução proprietária fechada. Na Open RAN, padrões e especificações técnicas devem permitir interfaces abertas e em nuvem que possibilitem a combinação de componentes de diferentes fornecedores.

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