Publicidade
Início Newsletter Yahsat anuncia parceria com Century para distribuição de banda larga

Yahsat anuncia parceria com Century para distribuição de banda larga

banda ka, banda larga via satélite, espaço, dados via satélite

A operadora de satélites Yahsat começa a montar sua estratégia para chegar ao varejo com sua futura oferta de banda larga para residências e pequenas e médias empresas prevista para lançamento até o final de 2017. A companhia anunciou nesta quinta-feira, 25, parceria com a distribuidora de equipamentos de antenas Century, com a qual pretende levar o serviço a pelo menos 5,3 mil municípios no País. Por meio do acordo, a operadora utilizará a rede de 4,9 mil pontos de venda da empresa, contando com sua experiência no mercado de banda C e com parceiros regionais e participação em grandes varejos eletroeletrônicos. Essa estratégia está vinculada ao lançamento do satélite Al Yah 3, que agora está previsto para o dia 15 de outubro. De acordo com o CEO da Yahsat, Márcio Tiago, a oferta de banda larga baseada em banda Ka (o artefato contra com 58 spot-beams cobrindo 95% da população brasileira na posição 20º Oeste) e deverá estar disponível antes do final do ano.

Tiago afirma que a escolha da Century aconteceu justamente pela experiência da companhia no mercado de TV por satélite. “Estávamos buscando parceiros por conta da capilaridade. Como a Century faz isso há décadas, tem uma rede sólida”, declara. Ele explica que era necessário o alcance nacional no varejo não só para venda, mas também para instalar e dar manutenção ao equipamento, utilizando como benchmark o alcance das vendas de DTH por meio de parceiros indiretos, com parte da remuneração por toda a rede, logística, serviços e vendas. Todo o portfólio do produto é da própria Yahsat, que utilizará receptor da Newtec.

Segundo o CEO, a operadora deverá contar com a maioria dos mais de 5 mil municípios já com a oferta da banda larga até o final do ano. Para se preparar, a empresa deverá efetuar uma capacitação com os profissionais da distribuidora antes mesmo do Al Yah 3 ser lançado em outubro. Para ele, a Century “é um parceiro importante, que conhece o mercado, os clientes e o perfil de consumo; sabem lidar com clientes e tem alcance e expertise para fazer isso”.

Notícias relacionadas

Desafios

A empresa investiu mais de US$ 200 milhões no Brasil até o momento e aposta no mercado nacional de banda larga via satélite. Porém, espera que até o lançamento no final do ano, o governo consiga resolver a questão da disparidade da cobrança do Fistel para VSATs. Hoje, esse terminal, necessário para a comunicação de banda larga via satélite, paga uma taxa de instalação (TFI) de R$ 201,12, e uma taxa de fiscalização anual de R$ 100,56. A ideia é pelo menos equiparar com a TFI do serviço móvel, que sai por R$ 26,83, além da taxa anual de fiscalização (TFF) de R$ 13,41. “O governo tem se mostrado favorável a fazer o ajuste, e em visitas ao MCTIC fomos bem recebidos. Mas ainda falta fazer”, declara o executivo. A Anatel falou recentemente que a redução da taxa poderia acontecer ainda neste semestre, mas isso depende de projeto de lei alterando a lei do Fistel ou de decreto presidencial desonerando a cobrança para V-SATs.

Mesmo sem uma eventual redução do Fistel, Tiago afirma que a estratégia da Yahsat continuará assim mesmo. “Acreditamos que os serviços de satélite são penalizados em função da regulamentação antiga, mas ela vai ser adequada para atingir o mercado residencial do varejo. A gente entra de qualquer jeito”, diz. “O apetite continua grande, apesar de qualquer contratempo no cenário político e financeiro, o mercado brasileiro continua muito bom para a banda larga”, declara. Segundo ele, além do compromisso com o Brasil, a empresa começa a falar em expansão do negócio para a América Latina, embora ainda de forma preliminar.

Outras utilizações da capacidade do Al Yah 3 ainda estão sendo contempladas. Segundo Márcio Tiago, a negociação com operadoras para backhaul do serviço móvel “é muito lenta” e ainda não foi fechada, mas está nos planos. “É uma expectativa, existem algumas negociações, tem testes e têm se mostrado efetivos. É uma tecnologia nova, e as próprias operadoras precisam se habituar, mas os resultados têm sido positivos”, avalia.

2 COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Sair da versão mobile