Enquanto a Anatel não publica o regulamento definitivo que permite o lançamento de operadoras móveis virtuais (MVNOs) – o resultado da consulta pública da primeira versão deve ser divulgado até o fim do ano – uma série de projeções agitam os bastidores deste mercado. A Signals Telecom divulgou nesta terça-feira, 25, que o segmento de MVNOs contará com 9,5 milhões de clientes no Brasil e movimentará cerca de R$ 1,8 bilhão nos próximos cinco anos. A consultoria revelou também que 38% dos assinantes da América Latina estarão no Brasil. No mundo, serão 150 milhões de assinantes até 2013, dos quais 42% da Europa.
Enquanto isso, nos bastidores estão cada vez mais quentes as negociações entre operadoras, grupos interessados em se tornarem MVNOs e empresas que oferecem a estas últimas a terceirização de plataformas e sistemas, chamadas de MVNEs (Mobile Virtual Network Enablers). Alguns pré-contratos já foram assinados e planos de negócios estão sendo elaborados. Os grupos varejistas Pão de Açúcar e Carrefour e os bancos Itaú, Bradesco e Banco do Brasil estão entre as empresas que estudam seriamente o assunto. Clubes de futebol e até mesmo igrejas com grande número de fiéis também demonstram interesse. Para completar, operadoras de telefonia fixa e de TV a cabo que hoje não têm rede móvel são citadas como potenciais candidatas. As estratégias possíveis para as futuras operadoras virtuais vão desde a competição pelo preço baixo até uma operação sustentada por publicidade, passando pela opção de foco em nichos com oferta de conteúdo exclusivo e segmentado. A dúvida é qual desses caminhos tem mais chance de se tornar vitorioso.
Serviços móveis