Com ativos móveis da Oi, TIM espera até R$ 19 bi em sinergias

Foto: Pexels

A absorção pela TIM da maior parte dos ativos móveis vendidos pela Oi poderá gerar sinergias de R$ 16 bilhões até R$ 19 bilhões ao longo dos próximos anos, de acordo com estimativas fornecidas pela operadora nesta segunda-feira, 25.

Grande parte dos benefícios são projetados para longo prazo, visto que apenas 45% das sinergias devem ser capturadas antes de 2030. Entre as principais frentes para criação de valor estão as relacionadas com infraestrutura (R$ 12-13 bilhões em valor presente líquido) e à abordagem comercial (R$ 4-5 bilhões).

Neste último caso, as sinergias podem ser imediatas e associadas ao aumento da escala da operadora, redução do churn e criação de novas receitas. No que tange à infraestrutura, são projetadas economias com investimentos e custos operacionais vindas da disponibilidade adicional de espectro e do desativação de sites adquiridos da Oi (com extra de R$ 300 milhões caso o plano de desativação acelerada dos sites logre êxito).

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Como um todo, a perspectiva da operadora é que, após a integração da infraestrutura da Oi, a relação do capex (investimentos) sobre receita da TIM reduza de 2 a 3 pontos percentuais. Dessa forma, o indicador de investimentos passaria de 20% atuais para um patamar "mid-teens" no jargão da empresa, ou seja, em torno de 15%.

Além disso, a operadora acredita que R$ 700 milhões em efeitos tributários possam ser capturados no bojo da operação, completando assim o teto de R$ 19 bilhões em sinergias divulgado. Veja maiores detalhes no quadro abaixo (clique para ampliar).

Vale lembrar que a TIM está desembolsando R$ 7 bilhões pela maior fatia dos ativos móveis da Oi. Para a empresa, a operação inclui 16,2 milhões de clientes, 49 MHz de espectro e 7,9 mil sites para cobertura móvel.

Alavancagem

A TIM usou posição de caixa de R$ 9,8 bilhões ao fim de 2021 para financiar a aquisição dos novos ativos e a compra de espectro no leilão de 5G (R$ 2,4 bilhões neste ano, entre licenças e obrigações).

Ao fim de 2022, a empresa projeta alavancagem de 2,0x dívida líquida/Ebitda (e 0,6x se desconsiderado efeitos do leasing associado aos sites absorvidos da Oi). O patamar foi classificado como "saudável" pela própria TIM, que prometeu desalavancagem rápida para 1,6x dívida líquida/Ebitda em 2024 e (0,3x fora efeitos do leasing).

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