BrOi: recorde de ganhos em bolsa e notas na imprensa

A negociação para a aquisição da Brasil Telecom pela Oi foi um dos negócios que mais atenção da imprensa ganhou nos últimos anos, ainda mais se considerado o expressivo volume da transação, o tamanho das empresas e a importância que elas têm no Ibovespa (quatro tipos de ações da Brasil Telecom e da Telemar estão entre os papéis que compõem o índice). Desde o começo de janeiro, quando começaram a sair as primeiras notícias dando a compra da Brasil Telecom como fato consumado a data final do negócio foi anunciada pelo menos 15 vezes em notinhas e matérias de sites jornalísticos de Internet e jornais de grande circulação. Em nenhuma destas ocasiões a CVM, Bovespa ou as próprias empresas pediram para que suas ações deixassem de ser negociadas. Tampouco as datas se confirmavam.
Não por acaso, os papéis das empresas tiveram recordes de valorização. Até quinta, 24, um dia antes de a operação ter sido formalmente anunciada, o Ibovespa havia variado positivamente 5,8%, a partir de 2 de janeiro. Já o papel preferencial da Telemar Operadora (TMAR5) teve variação positiva de 36,57%. A ação preferencial da Telemar Holding (TNLP4) subiu no período 27,8%. A ação preferencial da Brasil Telecom Operadora (BRTO4) subiu nada menos do que 25,9%. A ação ordinária da Brasil Telecom Holding (BRTP3) valorizou-se no período 9,96%. Apenas as ações ordinárias da Telemar Holding (TNLP3) variaram menos que o Ibovespa. Como comparação, os papéis da Telefônica (TLPP4) ficaram praticamente estáveis desde o começo do ano. A tabela completa das cotações e o gráfico com a evolução dos papéis está disponível para download na homepage do site TELETIME (www.teletime.com.br)

A queda

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Nesta sexta, a transação foi anunciada várias vezes. Primeiro pelos jornais impressos. Depois por meio de um fato relevante da Telemar que informava, na hora do almoço, que de fato a negociação seria anunciada.E finalmente à tarde, com o fato relevante definitivo, enviado à CVM ainda com o mercado aberto. Nesse momento, os papéis despencaram:

* TMAR5 – Telemar Operadora (PN)
Fechou a R$ 92,03 com baixa de 0,09%

* TLNP4 – Telemar Holding (PN)
Baixa de 3,10% fechando a R$ 41,80

* TNLP3 – Telemar Holding (ON)
Não teve oscilação e fechou a R$ 59,50

* BRT04 – BrT Operadora (PN)
Baixa de 4,48% a R$ 20,00

* BRTP4 – BrT Holding (PN)
Baixa de 8,49% fechando a R$ 25,00

A exceção foi o papel BRTP3 – BrT Holding (ON, cuja alta foi de 6,76% fechando a R$ 53,51). A Oi convocou entrevista coletiva para explicar as condições da operação para o final do dia, aí sim após o pregão.
A Telemar informou, na coletiva, que soltou o fato relevante sobre a aquisição da Brasil Telecom (BrT) no meio da tarde desta sexta-feira, 25, a pedido da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), segundo o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco. O órgão regulador do mercado de capitais tomou essa decisão em razão das notícias veiculadas e da oscilação dos papéis, diz ele. Paralelamente, foi suspensa no meio da tarde a comercialização de quatro classes de ações da Oi e da BrT. Com a suspensão das vendas, no fim das contas, o efeito foi o mesmo do que se o fato relevante saísse depois do fechamento do mercado, explicou Falco.

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