A Sateliot anunciou nesta terça-feira, 25, que está na fase final para levantar 70 milhões de euros em uma rodada Série B. O avanço ocorre após o investimento de 13,8 milhões de euros da Sociedade Espanhola para Transformação Tecnológica (SETT), órgão vinculado ao governo espanhol, aprovado hoje pelo Conselho de Ministros do País.
De acordo com a companhia, os recursos serão alocados para a construção de uma constelação de mais de 100 satélites – infraestrutura que será voltada para conectividade em tempo real em áreas sem cobertura de sinal. A rede mira atendimento de aplicações estratégicas nos setores de defesa, segurança, logística e gestão de infraestrutura crítica, acrescenta a empresa.
"A confiança demonstrada pela SETT e por outros investidores institucionais confirma que a Sateliot é a resposta da Europa para a crescente necessidade de conectividade via satélite segura, acessível e autônoma, essencial para aplicações críticas nos setores civil, de segurança e defesa", afirma o CEO e confudador da Sateliot, Jaume Sanpera.
Com essa transação, a Sateliot se aproxima do fechamento da rodada Série B, tendo assegurado 58,8 milhões dos 70 milhões de euros planejados. Além do aporte do Governo da Espanha, a operadora satelital recebeu um cheque de 10 milhões de euros da Global Portfolio Investments, além de uma nota conversível de 5,2 milhões de euros.
Ainda na Série B, outros 30 milhões de euros foram injetados via dívida do Banco Europeu de Investimento (BEI), na primeira operação da instituição financeira de venture debt no setor espacial.
Para a startup, os apoios reforçam seu papel no "desenvolvimento de uma infraestrutura soberana de telecomunicações". "Especialmente num momento em que tanto a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) quanto a União Europeia demandam maiores investimentos em defesa e fortalecimento das capacidades espaciais."
Com seis satélites lançados em órbita, a companhia já possui contratos em torno de 270 milhões de euros e mais de 400 clientes distribuídos por 50 países. A empresa mira em uma receita de 1 bilhão de euros até 2030.
