Entrante no mercado de 5G, a operadora cearense Brisanet reportou nesta sexta-feira, 25, que cerca de 200 mini data centers estão sendo construídos pela empresa como forma de suportar as redes de quinta geração.
A infraestrutura distribuída no modelo de edge computing é considerada fundamental para a arquitetura do 5G, com efeito direto sobre a latência ao levar o poder computacional para as "bordas" da rede ."Temos mais de 200 mini data centers e estamos construindo entre 12 e 13 por mês nos últimos meses", afirmou o CEO da Brisanet, José Roberto Nogueira, nesta sexta-feira, 25
"O conteúdo tem que estar próximo dos clientes. A baixa latência só ocorre quando o conteúdo a ser acessado está próximo do usuário", resumiu o executivo. Segundo Nogueira, a capacidade atual da infraestrutura da Brisanet superaria até mesmo a disponível em capitais de estados nordestinos. Bem menores que um data center convencional, os edge data centers podem ser instalados em centrais, estações radiobase (ERBs) e outros imóveis das operadoras.
Investimentos
Em balanço, constam R$ 20 milhões investidos em novos terrenos para data centers em 2021. Como um todo, a Brisanet investiu R$ 787 milhões no ano passado, incluindo a construção de 400 ERBs no padrão LTE (4G). A operação comercial de rádios 5G está prevista para 2023, com pilotos podendo ocorrer neste ano.
Carro-chefe da empresa cearense, a banda larga fixa motivou a construção de 1,9 milhão de HPs de fibra óptica (onde o serviço está disponível para contratação) no ano e a ativação de 280 mil clientes de banda larga de maneira orgânica. Em 2022, o foco são 2,5 milhões de HPs novas.
No quarto trimestre, a empresa já estava com ritmo de construção de quase 250 mil ao mês. Ao longo do segundo semestre, 1,3 milhão de casas cobertas com fibra foram entregues, em área onde a expectativa é capturar 400 mil assinantes, segundo Nogueira. Cerca de 50 mil já teriam se tornado clientes da empresa, que tem expectativa de maior take up ao longo do ano.
Do ponto de vista de preços, uma alta anual de quase 6% no tíquete médio mensal da banda larga foi registrada, com assinantes pagando em média R$ 92,43 em 2021. A Brisanet vê a cifra bem acima do valor cobrado por concorrentes regionais – que tendem a ser mais afetadas pelo cenário de pressão inflacionária, segundo avaliação do comando da companhia.
Visão é isso, está sempre alguns passos a frente da concorrência e superando a expectativa do cliente.