Orange cumpre metas e quer dobrar receita no Brasil

Com a venda da Intelig, em janeiro último, para a Docas Investimentos, do empresário Nelson Tanure, a France Telecom, sócia da operadora, aparentemente se retiraria do mercado brasileiro. Mas a realidade é outra. Há anos o grupo francês vem estruturando sua presença no Brasil e América Latina. A partir de 2006 fortaleceu sua infra-estrutura e solidificou seus negócios por meio da Orange Business Services, que está sob seu guarda-chuva, ao lado de outras duas unidades voltadas para soluções móveis e serviços de banda larga. O foco em grandes multinacionais brasileiras que querem atuar em outros países ou estrangeiras que planejam entrar no Brasil e região tem-se mostrado acertado para a companhia francesa. Atingiu todas as metas em 2007 e o desafio é dobrar a receita este ano.
A Orange apostou no crescimento do mercado corporativo e no potencial brasileiro. Mantém no País um dos três maiores centros de suporte do grupo FT, localizado no Rio de Janeiro, para atender a toda a América Latina (os outros dois são no Cairo e Índia). Cerca de 400 funcionários dão suporte aos clientes, 120 só no Brasil. No momento, os executivos analisam a estratégia para os próximos três a cinco anos. A tarefa é encabeçada pelo vice-presidente sênior de operações e atendimento a clientes, Alexandre Gouveia, baseado no País. ?Estando no Brasil, ele tem condições de me dar um feedback do que amarrar como premissa, onde direcionar nosso investimento, crescimento e fazer o que for necessário para que tenhamos sucesso?, diz a vice-presidente sênior para as Américas, Diana Leonard. ?Tudo isto na região como um todo e, especialmente, na competição no Brasil.?
O próximo passo da Orange no Brasil é desenvolver o mercado. Daí, a expectativa de dobrar a receita este ano. Em seu leque de serviços estão o desenvolvimento, implantação e gerenciamento de redes virtuais, voz sobre IP e outsourcing. ?Nosso foco é realmente comunicações. Queremos interconectar todo o trabalho em IP com o sistema IP. Agora vamos conectar objetos e máquinas?, disse a CEO da Orange Business Services, Barbara Dalibard. Ela aposta no serviço machine-to-machine (M2M), confiante em replicar o grande contrato que a empresa conseguiu com uma empresa de varejo na França.

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Fixo-móvel

As aplicações são imensas, com cartões com chips, controle de frotas e de cargas, pagamento móvel, entre outros. ?O celular será a ferramenta usada para pagamento no futuro. Tudo será organizado através do móvel?, enfatiza Barbara, estabelecendo como primeiro objetivo da empresa o gerenciamento da convergência fixa-móvel através de IP. Entretanto, destaca que o telefone IP estará disponível em qualquer lugar, embora não com a mesma confiabilidade do telefone fixo: ?É software. Não é como ter um telefone em uma só caixa.?

Redes virtuais

As redes virtuais IP estão entre os novos serviços da France Telecom. O negócio envolve 296 mil acessos, com destaque para a Ásia, onde a empresa tem 18% de market share. Ao todo, são 300 mil telefones IP instalados desde 2004, o que se reflete numa base de 4,2 milhões de usuários VoIP. Na Europa, os mercados de business e de consumidores se retroalimentam. A empresa aproveita a base de 4 milhões de gateways para prover Wi-Fi nas residências, através do Livebox, para lançar o equivalente no mercado de business: o Business Livebox.

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