Impulsionada por crescimento em diversas fontes de receita, a Telefônica Brasil, dona da marca Vivo, registrou lucro líquido de R$ 5,54 bilhões em 2024, alta de 10,3% ante o apurado no ano anterior, de acordo com balanço financeiro divulgado na noite desta terça-feira, 25. No quarto trimestre, o lucro cresceu 10,1%, somando R$ 1,76 bilhão.
No total, a Vivo registrou uma receita operacional líquida de R$ 55,84 bilhões no ano passado, um crescimento de 7,2%. Somente no quarto trimestre, o faturamento totalizou R$ 14,58 bilhões (+7,7%).
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) totalizou R$ 22,88 bilhões no acumulado de 2024, crescendo 7,3% na comparação anual. A margem teve avanço mínimo de 0,1 ponto percentual, ficando em 41%.
No período de outubro a dezembro, o EBITDA teve um salto de 7,8%, alcançando R$ 6,2 bilhões. A margem encerrou o último trimestre de 2024 em 42,5%, patamar idêntico ao observado no mesmo período de 2023.
Os investimentos totalizaram R$ 9,16 bilhões em 2024 (+2,3%), dos quais 85% (R$ 7,8 bilhões) foram para rede e os demais 15% (R$ 1,36 bilhão) para TI e sistemas de informação. Já a remuneração para acionistas totalizou R$ 5,8 bilhões, um incremento de 22,1%.
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Móvel
A receita líquida do serviço móvel chegou a R$ 36 bilhões em 2024, alta de 8,4%. No quarto trimestre, houve avanço de 7%, para R$ 9,2 bilhões.
Os resultados foram impulsionados pelo pós-pago, modalidade em que a Vivo encerrou o ano passado com 66,5 milhões de assinantes e R$ 30 bilhões em faturamento (+10,1%) – só no quarto trimestre a receita somou R$ 7,75 bilhões (+9,1%).
O incremento anual da base da modalidade foi de 7,6% e ocorreu "por migrações do pré-pago e pela aquisição de novos clientes", informou a empresa.
A receita do pré-pago, por sua vez, teve leve alta anual (+0,7%), mas baixa de 3,3% no quarto trimestre. A operadora fechou 2024 com 36 milhões de clientes que usam a modalidade de recarga.
Ainda no segmento móvel, a receita de aparelhos e eletrônicos, incluindo smartphones e dispositivos de casa conectada, teve avanço de 8% no ano passado, alcançando R$ 3,73 bilhões – no quarto trimestre, a alta foi de 13% (R$ 1,17 bilhão).
Fixo
A Vivo também expandiu as receitas por meio do serviço de banda larga via fibra óptica. O faturamento do FTTH chegou a R$ 7 bilhões em 2024, alta de 14,5%. No trimestre de outubro a dezembro, o negócio cresceu 12,4%, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, gerando receitas de R$ 1,82 bilhão.
"Nos últimos 12 meses, expandimos nossa rede de FTTH para novos 2,9 milhões de domicílios, atingindo 29,1 milhões de casas passadas em 444 municípios, e conectamos 784 mil novos clientes", afirma a tele, em trecho do balanço financeiro. A Vivo encerrou 2024 com 7 milhões de casas conectadas.
Também como parte do negócio fixo, a receita de dados corporativos, TIC e serviços digitais teve crescimento de 21,1% no trimestre (R$ 1,34 bilhão) e de 9,9% no consolidado do ano (R$ 4,73 bilhões).
A operadora ainda informou que os serviços digitais para empresas (B2B) – nuvem, segurança cibernética, Internet das Coisas (IoT), big data, mensageria, venda e aluguel de equipamentos de TI, entre outros – geraram R$ 4 bilhões ao caixa ao longo de 2024 (+20,6%), representando 7,3% da sua receita total.