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WiFi 6E começará a ganhar ritmo no Brasil no segundo semestre, diz Cisco

Foto: Pixabay

A necessidade de “melhorar drasticamente” a Internet para lidar com o trabalho remoto apontada pela pesquisa da Cisco noticiada por TELETIME esta semana passa por um ponto importante: o do próprio acesso. Além da última milha, os últimos metros da conexão passam geralmente pela tecnologia WiFi, e aí esbarram em problemas de congestionamento das redes ou mesmo alcance restrito na instalação. O que o diretor de políticas públicas da Cisco Brasil, Giuseppe Marrara, espera é que o WiFi 6E venha para solucionar boa parte desses problemas.

A expectativa do executivo é que, a partir do segundo semestre deste ano, a tecnologia comece a ganhar mais tração no Brasil, com potencial de se popularizar até antes do 5G. Com a faixa de 6 GHz já destinada pela Anatel totalmente ao uso não licenciado – desde que indoor, para não causar interferência em serviços de satélite -, o WiFi 6E promete extrair toda a capacidade da fibra com menos perdas no acesso sem fios. 

O WiFi 6E começou a decolar. Porque a gente tem demanda, nossos clientes estão nos procurando para comprar [equipamentos com a tecnologia]”, declara Marrara em conversa com TELETIME, citando clientes que estejam modernizando a infraestrutura ou quem está investindo em uma rede nova. 

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A Cisco está com dois equipamentos em processo de homologação na Anatel, de acordo com o executivo: um para linha corporativa, e outra para pequenas e médias empresas. “E estão entrando na linha de produção da fábrica brasileira. Não faríamos isso se não tivesse uma demanda significativa“, pontua. Equipamentos de outras fabricantes com a tecnologia também deverão chegar em breve ao mercado. 

Eficiência de espectro

Como o novo espectro tem uma largura de banda muito maior e há uma melhor gestão inteligente da rede para evitar interferências nas canalizações, o WiFi 6E também traz a promessa de ser um “salto tecnológico talvez tão drástico quanto o do 4G para o 5G”. Mas para se popularizar, precisará ter também os terminais de acesso – smartphones, tablets, computadores, TVs conectadas, videogames etc – sejam compatíveis. 

Nessa questão, Marrara diz que estão chegando aparelhos cada vez mais acessíveis. “A Qualcomm e a Intel estão colocando modems WiFi 6E nos chips. Começa primeiro nos equipamentos topo de linha, mas não vai demorar muito para o módulo ter o mesmo custo. E a mesma coisa acontecerá com o access point. O WiFi 6E não é muito mais caro hoje, mas em breve estará no mesmo preço.”

O executivo da Cisco também lembra que a tecnologia só terá aplicação indoor, mas que funcionará melhor do que as faixas de 2,4 GHz e 5 GHz atuais por ter uma maior facilidade de propagação através de superfícies sólidas, como paredes. Isso poderia eliminar também a necessidade de uma rede WiFi com repetidores, por exemplo. “Um WiFi 6E em um apartamento, em teoria, tem frequência com cobertura suficiente para o ambiente todo”, explica. De qualquer forma, deverá chegar ao mercado soluções para ampliar o alcance, com tecnologias superiores à Mesh por não degradar tanto o sinal, diz Marrara. 

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