Demanda por banda larga continua acelerada no pós-pandemia, aponta Cisco

Foto: Pixabay

Dois anos depois, a pandemia ainda continua, e com ela os novos hábitos de trabalho remoto conforme apontado pela pesquisa da Cisco divulgada nesta semana. Diretor de políticas públicas da Cisco Brasil, Giuseppe Marrara acredita que a demanda por melhoria de Internet e o desejo por mais capacidade se mostra como uma evidência de que a demanda por banda larga não dá sinais de desaceleração.

Muito pelo contrário. "A gente saindo da pandemia, imaginaria-se que seria preciso de menos Internet agora. Não, 44% dos pesquisados esperam a demanda crescer ainda mais nos próximos 12 meses. E 49% falaram justamente que, por isso, pretende aumentar o serviço contratado de Internet", afirma ele em conversa com TELETIME nesta sexta-feira, 25. "Talvez uma boa notícia para operadoras é que a demanda continua aquecida. As pessoas vão voltar para o presencial, mas não abrem mão da praticidade virtual."

Segundo Marrara, há ainda que se resolver duas questões: a qualidade e o custo do acesso. No primeiro caso, a pesquisa encontrou outra oportunidade para as teles. "Hoje as pessoas estão dispostas a pagar mais por um serviço de mais qualidade", coloca, citando estratégias de serviços de valor adicionado (e agregado) que as operadoras fornecem hoje em dia, como melhor gestão do WiFi ou serviços digitais. 

Notícias relacionadas

Mas o custo ainda é vilão. "Por outro lado, 77% falaram que ainda acham o serviço caro. Então a gente olha essas diversas camadas: para algumas pessoas, a entrada é cara, mas outros estão dispostos a pagar um pouco mais para ter o serviço do qual precisam." Por conta disso, ele analisa que a Internet virou um serviço crítico para a população, e pela qual trafegam outros serviços críticos, como o acesso a saúde, educação e bancarização. 

Políticas públicas

O executivo da Cisco entende que isso amplia a necessidade da universalização do acesso à Internet, o que poderia ser possível com políticas públicas. "Parte da população brasileira ficou alijada por dois anos de serviços públicos básicos e interação social, seja em áreas geográficas que não estão cobertas, ou em áreas onde não podem pagar pelo serviço. E aí o governo deve atuar, para garantir que pessoas tenham acesso básico com qualidade e tornar isso ubíquo", coloca. 

Giuseppe Marrara observa que houve avanços em 2021 com a disponibilização de espectro do 6 GHz para WiFi 6E, além do leilão do 5G e mais aplicações de uso satelital. "Mas certamente não foi na velocidade necessária. A gente precisa avançar muito com fibra, 5G o mais rápido possível e WiFi 6E também, como meios de escoamento."

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!