A operadora satelital SES apresentou queda nas receitas e no lucro em 2020, mas a expectativa é que em 2021 possa contar com parte do valor da indenização pela limpeza da banda C nos Estados Unidos. Ainda assim, espera mais um ano de queda de receitas e lucro.
Segundo balanço financeiro da companhia divulgado nesta quinta-feira, 25, a receita em 2020 caiu 5,4% no comparativo anual, ficando em 1,876 bilhão de euros. O lucro líquido ajustado observou uma redução ainda mais acentuada: 47,3%, totalizando 208 milhões de euros. No entanto, o reportado pela companhia foi na verdade um prejuízo líquido de 86 milhões de euros, contra lucro de 296 milhões de euros em 2019.
Por sua vez, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) ajustado foi reduzido em 6,9% no ano, totalizando 1,152 bilhão de euros. Ainda assim, a SES destaca que 2020 foi o terceiro ano sucessivo entregando a perspectiva de EBITDA, mesmo tendo enfrentado o ambiente da pandemia.
Previsões
A operadora também lembra que está "a caminho" de absorver os US$ 4 bilhões (antes de impostos) pela limpeza da banda C nos Estados Unidos. A expectativa é que, até o final do ano, o primeiro US$ 1 bilhão seja usado para acelerar pagamentos para a desalavancagem.
Para 2021, a empresa espera uma receita entre 1,760 e 1,820 bilhão de euros já sob contrato. Com esse resultado, mais medidas de eficiência operacional e despesas discricionárias, a perspectiva de EBITDA ajustado seria entre 1,060 e 1,100 bilhão de euros. O Capex para o quinquênio 2020-2024 foi reduzido
O satélite SES-17 e o sistema O3b mPOWER deverão ser lançados em 2021, o que deve acelerar crescimento na área de redes em 2022 e adiante, além de "receita lucrativa sustentável e crescimento de EBITDA ajustado para a SES em 2023".
