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Ericsson cria área dedicada a cidades inteligentes

De olho nas oportunidades para desenvolvimento da Internet das Coisas (IoT) com gestão urbana na América Latina, a Ericsson criou a área Cidades Inteligentes para a região e anunciou a contratação da brasileira Marise De Luca como diretora do setor, sendo responsável por assessorar empresas e municípios interessados em investir em smart cities. A ideia é auxiliar a administração pública a estabelecer projetos de segurança, distribuição elétrica e hídrica, casas sustentáveis, veículos e transporte conectados, mobilidade pública e sustentabilidade. Tudo isso com soluções de TIC para desenvolvimento de cidades no Brasil, México, Colômbia e Chile, em uma primeira etapa.

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Marise afirma que um dos principais elementos das cidades inteligentes, a IoT, muda o paradigma das comunicações, pois não se trata mais de uma relação com a operadora como cliente final. "Não são as cinco operadoras, têm outras indústrias", alega, citando utilities (distribuidoras de energia, água e gás) para smart grids, transportes (aéreo, rodoviário e férreo) e de soluções de segurança pública. Este último item é um dos focos da companhia sueca. Em uma iniciativa na cidade de São José dos Campos (SP), foram instalados 200 km de rede ótica e 500 câmeras para monitoramento, interligando serviços de emergência (polícia, hospitais, bombeiros) em casos de acidentes e conectando semáforos. Com a iniciativa, o índice de mortes na cidade caiu de 12 para cada mil habitantes em 2011 para oito em cada mil em 2014. "O único indicador de segurança que não melhorou foi o de roubo de veículos", afirma.

A executiva, que já teve passagens em companhias como Oi, Americel, Claro e Accenture, ressalta ainda o potencial em soluções de trânsito. O município paulista, local onde a Ericsson possui fábrica, também instalou um sistema de estacionamento inteligente. A ideia não é apenas trazer comodidade, mas otimizar o tempo no trânsito. "Em São Paulo, 5% do trânsito é de gente procurando vaga (para estacionar). Se isso melhorar, melhora o tráfego", declara.

Marise De Luca reconhece que os desafios não são poucos. Projetos de smart grid no País ainda engatinham, mesmo em período de crise hídrica e energética no qual os ganhos com o combate ao desperdício poderiam justificar os investimentos nas novas tecnologias. "Ainda falta muita coisa, mas podemos usar o relacionamento que a gente tem com órgãos reguladores de telecom e de outras indústrias para criar padrões", declara. Ela diz que desonerações, como a redução do Fistel para comunicações máquina-a-máquina (M2M), ajudam, mas há carência de definições. "A gente está muito longe (de mais cidades inteligentes), mas vamos trabalhar para levar à administração pública soluções que deram certo lá fora."

Oportunidades

De acordo com Marise De Luca, o atual cenário de crise hídrica e elétrica no País pode trazer conscientização. "Ajudam porque tem maior demanda, como condomínios querendo furar poços ou instalar medidores individuais. A crise ajuda a acelerar ou ao menos conscientizar", explica.

Ainda assim, é necessário um "processo de evangelização" para ajudar as prefeituras. Como explica a executiva, não se trata apenas de projetos de infraestrutura, instalando fibra ótica ou roteadores Wi-Fi em uma praça – é preciso otimizar serviços, integrando diversas áreas de forma inteligente, como segurança e mobilidade urbana aliados à iluminação pública e estacionamentos inteligentes.

Até pela abertura dessa unidade para atender a América Latina, a Ericsson está engajada em promover essas iniciativas na região. A companhia faz parte do programa Movimento Brasil Competitivo, em associação com diversas empresas visando "melhorar projetos de infraestrutura". Além disso, a fornecedora sueca anunciou nesta semana parceria com a Bridge Alliance (composta por 36 operadoras móveis da região Ásia-Pacífico, Oriente Médio e África) para uma plataforma única de gerenciamento de IoT, a Device Connection Plataform, para endereçar a harmonização de padrões como cartão SIM global, níveis de serviço e processos de negócio.

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