A NII Holdings, provedora de serviços de comunicação móvel que opera sob a marca Nextel na América Latina, anunciou nesta quinta-feira, 25, seus resultados financeiros de 2009. Apesar de Steve Dussek, CEO da NII Holdings, considerar os resultados "impressionantes", levando-se em conta "as condições econômicas" da crise financeira global, e a receita operacional da companhia atingir US$ 4,4 bilhões, 3% a mais que a de 2008, a maioria dos indicadores não teve desempenho positivo. O lucro operacional da empresa foi de US$ 677 milhões, queda de 12% em comparação a 2008, a taxa de desativação de clientes (churn) foi 2% superior à do ano anterior, de 1,9%. A receita média por assinante (ARPU) caiu de US$ 55 para US$ 45 e o Brasil e o Peru foram os únicos países onde a companhia fechou no azul. O mercado brasileiro, aliás, foi o principal responsável pelo aumento do faturamento global da companhia, gerando receita anual de US$ 1,73 bilhão (cerca de R$ 3,2 bilhões), contra US$ 1,33 bilhão em 2008. O mercado peruano pouco cresceu, de US$ 243 milhões para US$ 268 milhões. O México permanece como o país com maior faturamento (US$ 1,86 bilhão), porém registrou preocupante queda em relação a 2008, quando obteve receita de US$ 2,13 bilhões. O mercado argentino também fechou no vermelho, de US$ 554 milhões para US$ 519,7 milhões. A Nextel não divulgou em seu balanço os dados referentes ao Chile, onde também atua.
As adições líquidas, de 1,185 milhão de clientes, foram o destaque positivo do balanço, uma vez que cresceram 20% em relação a 2008. Com isso, a Nextel conta agora com 7,4 milhões de assinantes e uma cobertura global que pode atender até 15 milhões de pessoas. A maior parte dessa ampliação, segundo divulga a companhia, se deu no Brasil, onde a Nextel cobre 61% do PIB nacional. Em 2010, aliás, a operadora pretende cobrir mais 7 milhões de pessoas no país. Os investimentos de capital da empresa foram da ordem de US$ 733 milhões.
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