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Oi registra aumento na demanda de atacado mesmo antes da InfraCo

Foto: Pixabay

Apesar de ainda estar em processo de separação estrutural da unidade produtiva isolada da rede de fibra, a InfraCo, a Oi já começa a ver demanda para os serviços de rede neutra. “O que temos observado desde o anúncio [da separação], apesar de ainda não ter feito, foi o aumento da demanda – das grandes telcos também, mas principalmente pequenos provedores”, declarou o diretor de estratégia e transformação da operadora, Rogério Takayanagi, durante evento online TELETIME Tec, que acontece nesta terça-feira, 23.

“No momento em que a Oi abriu a operação nessa lógica neutra de atacado, o volume de contatos comerciais que a gente abriu e discussões que temos tido vêm subindo mês a mês, de forma exponencial, e está chegando a um volume muito grande”, afirma o diretor. A questão é que, para cada um desses contatos, a demanda é para um modelo diferente, com algumas operadoras mais estruturadas pensando primariamente no transporte, enquanto outras, mais em fase inicial de projeto, querem uma estrutura maior. “Não se chegou ainda [ao ponto de] operador fixo virtual, mas não é impeditivo.”

O tema da equipe de campo tem sido um ponto de diferencial no atacado muito importante, segundo ele. Isso porque há um ganho de escala quando se fala não apenas na construção da rede, mas também na instalação e na manutenção para o cliente final. Assim, ter um time para cada operadora precisando atender em vários pontos do País passa a ser redundante. Sobretudo ao chegar na última milha, onde há menor controle do ambiente para identificar possíveis pontos de atenção.

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“Tem uma curva de aprendizado. Hoje a Oi tem menores ‘FCTs’, que é a taxa de falha para mandar técnico para campo. E não tem bala de prata, cada dia se vê algo diferente. Quando vamos somando, a curva de aprendizado é o diferencial que a gente observa e começa a ser solicitado”, declara. Como a operadora já conta com equipe para manutenção em 5 mil cidades por conta do cobre na telefonia fixa, já conta com essa mão de obra. “Estamos praticamente desenvolvendo diferentes modelos de negócio até para testar o melhor.”

Separação

Rogério Takayanagi explica que a empresa está atualmente focando na implantação de processos e sistemas que permitam a InfraCo ser desmembrada para a venda, o que deverá acontecer até o primeiro trimestre de 2021. A Oi ainda não confirma o início da etapa de recebimento de propostas vinculantes de interessados

Com a decisão de separação industrial tomada no ano passado, desde o início deste ano a Oi começou o redesenho completo da InfraCo, com 90 profissionais focados na criação de processos. “Estamos reconstruindo toda a jornada do cliente final, como seria o processo de venda, de mudança de endereço, suspensão por viagem etc.; e também de atacado”, afirma. Desde o planejamento de construção de rede, com SLAs e troubleshooting (resolução de problemas), a ideia é automatizar os processos com APIs para não causar atrito. “Está demorando um tempo, mas é também pelo nível de complexidade.”

Takayanagi explica que a empresa trabalha não só a retirada (carv-out) de toda a operação na separação, mas também a evolução da tecnologia e as garantias de segurança – “não só física e lógica, mas a segregação de parte de dados e LGPD”. A ideia é garantir um modelo de controle que seja eficiente, automatizado. “Estamos no processo de desenho, já começamos a implantação.”

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