Anatel: edital do 5G está previsto para início de 2021

O conselheiro da Anatel Carlos Baigorri confirmou nesta terça-feira, 24, que o edital do leilão das faixas de espectro que serão usadas para a tecnologia 5G no Brasil está previsto para ser publicado no início de 2021, com a sessão de lances dos grupos econômicos interessados acontecendo no final do primeiro semestre. Baigorri é relator do texto do edital, que está para ser analisado pelo colegiado ainda sem data prevista. "Esse é o cronograma com que trabalhamos e vamos persegui-lo apesar de todos os desafios que se colocam à nossa frente", disse Baigorri.

"Eu fui sorteado recentemente como relator do edital de 5G. Isso é uma prioridade máxima do governo e nós da Anatel vamos fazer todas as medidas necessárias para cumprir as políticas públicas do governo federal, sejam as políticas públicas de conectividade previstas nos decretos, quanto a garantia do acesso à radiodifusão pública gratuita nas parabólicas", disse Baigorri em coletiva de imprensa no Palácio da Alvorada.

O Conselho Diretor da Anatel tem reunião nesta quinta-feira, 26, mas o texto do edital do leilão das faixas que atenderão o 5G não consta na pauta.

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O sinal das parabólicas

O problema da interferência do sinal nos canais de televisão acessados por meio de parabólica é um dos temas complexos do texto que está sob a responsabilidade de Carlos Baigorri. A agência precisará decidir se adotará o modelo de mitigação das interferências do 5G na faixa de 3,5 GHz nas recepções de satélite, como querem as teles por conta dos custos menores, ou se adotará uma abordagem mais agressiva, indicando a migração dos serviços de banda C no satélite para a banda Ku, como propuseram os radiodifusores. Parecer da área técnica da Anatel para o problema das interferências sobre a recepção dos sinais de TV via satélite (TVRO) defende a migração dos canais abertos que hoje operam na banda C para a banda Ku.

Isso é o que está proposto na minuta de edital de 5G encaminhada ao conselho diretor da Anatel. A decisão final cabe ao conselho, mas a área técnica da agência concluiu que, mesmo que a migração para a banda Ku seja mais onerosa, é estrategicamente mais vantajosa, e por isso faz a recomendação para que o conselho siga por este caminho.

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