As operadoras de telecomunicações estão se antecipando à União Internacional de Telecomunicações (UIT) e divulgaram nesta terça, 24, um estudo sobre os preços médios dos serviços de telecomunicações no Brasil. A iniciativa é uma forma de rebater o ranking da UIT, que em geral coloca o Brasil entre os países com os maiores custos de telecomunicações. Segundo a Febratel, que elabora em parceria com a consultoria Teleco esta análise, a metodologia da UIT não usa os valores efetivos nem os planos praticados no Brasil e não pondera os custos tributários. Segundo o estudo da federação, entre 18 países pesquisados (que inclui um mix entre países europeus, emergentes e países da América do Norte), o Brasil fica na quarta posição mais barata considerando o valor do minuto no celular, que aqui sai em média a US$ 0,04, considerando os impostos e os pacotes mais comuns utilizados no país. O país mais caro nesse quesito e pelos critérios da Teleco seria a França, com US$ 0,45, e o mais barato, a China, com US$ 0,02 o minuto. Já na banda larga móvel o Brasil também figura com o quarto mais barato em uma comparação com os mesmos 18 países, com uma cesta de serviços de dados em torno de US$ 6 em média para um plano de entrada, de 500 MB, incluindo impostos. O país mais caro nesse quesito são os EUA, com um plano de entrada de US$ 25, e o mais barato é a Índia, com US$ 3,90. Para o SindiTelebrasil, a metodologia da UIT é tão inadequada que gera um valor de US$ 0,55 para o Brasil. Isso significaria um gasto médio de R$ 244 por usuário de celular no País, quando a receita média por usuário (ARPU) está em um décimo ou menos desse valor.
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