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Algar testará energia solar e eólica em torres celulares

Em breve, uma antena celular instalada na cidade mineira de Patrocínio receberá equipamentos para gerar energia solar e eólica. O sol e o vento serão suas fontes primárias de eletricidade, enquanto a rede pública servirá apenas como backup. A experiência será conduzida pela operadora Algar Telecom em parceria com a Ericsson, empresa responsável pelo fornecimento dos equipamentos. Neste momento, está sendo concluído um estudo para definir o tamanho do painel solar e da hélice de energia eólica, tomando como base medidas sobre o clima do local onde ficará a antena. A instalação deve acontecer no começo de 2012 e servirá como teste para que essa tecnologia seja levada a outras torres da Algar.

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A experiência com energia renovável está sendo realizada em uma rede nova da operadora, justamente aquela com tecnologia HSPA+ anunciada na última quarta-feira, 23, e que estará presente em 19 cidades do interior de Minas Gerais nas quais a Algar ainda não atuava. Ao todo são 79 sites de cobertura e 11 de transmissão usando um modelo de estação rádio-base (ERB) fornecido pela Ericsson que consome cerca de 30% menos energia que as versões tradicionais de redes 2G e 3G. Isso acontece por duas razões: o tamanho do hardware é menor e o software que administra os rádios desliga a alimentação de energia quando estes não estão em atividade. Essa economia proporcionada pelo equipamento em si pode compensar um eventual custo mais caro da energia renovável gerada na experiência em Patrocínio/MG. O vice-presidente da Algar Telecom, Jean Borges, garante que o objetivo da empresa em adotar tecnologias verdes não é a redução de custos. "A Algar tomou para si essa bandeira de telecom verde", afirma.

O Brasil é o terceiro país a receber ERBs movidas por energia renovável fabricadas pela Ericsson. Os outros dois são Quênia e Índia. "No Quênia, onde a maior parte da geração utiliza diesel, a energia solar consegue ser mais barata que a tradicional", comenta Amanda Lopes, gerente de novos negócios da Ericsson.

Análise

O uso de energia renovável em redes celulares no mundo se limita, geralmente, a locais onde não há infraestrutura elétrica. Por questões econômicas e práticas, as teles costumam preferir conectar suas ERBs à rede pública de energia sempre que possível. Entretanto, o ganho de escala de soluções como a da Ericsson pode baratear os equipamentos, tornando-os mais atrativos para as operadoras a médio e longo prazo.

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