América Móvil prioriza infraestrutura no Brasil, mas não deve cumprir meta de homes-passed

No começo do ano, o COO da América Móvil (AMX), Oscar Von Hauske, afirmou durante conferência sobre o balanço financeiro do consolidado de 2013 que a meta da Net era de adicionar 1,2 milhão de homes-passed em 2014, chegando a 21 milhões até o final de dezembro. A julgar pelo que ele mesmo afirmou na conferência da empresa mexicana nesta sexta-feira, 24, no entanto, a companhia teria apenas três meses para adicionar 1 milhão de residências. "Temos 20 milhões de homes-passed na Net com cabo, e ela é um player competitivo", disse Von Hauske.

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De qualquer forma, o diretor financeiro da América Móvil, Carlos García Moreno Elizondo, ressalta que esse número é o dobro do registrado em 2010. "Dobramos também o número de fibra, boa parte do que construímos foi em área metropolitana, temos anéis metropolitanos e fibra até a torre", declara.

Oscar Von Hauske garante que a AMX conta com investimentos não apenas para a Net, mas em uma infraestrutura única de IP para todos os negócios, do corporativo ao móvel. "Na Embratel temos posição boa em BPN (Business Performance Network) e conectividade de dados, temos quatro data centers para serviços de cloud", diz.

Satélites

Outro ponto são os planos da Star One, operadora de satélites do grupo, que lançará mais dois satélites: o C4 em 2015 e o D1 em 2016. "Este (satélite) do ano que vem vai servir para integrar todos os satélites de TV em um só e nos dar capacidade para ter canais HD e 4K", declarou Von Hauske. O Star One C4 deveria ser lançado ainda no último trimestre deste ano, mas foi adiado. Ele consumiu investimentos de US$ 321 milhões e deverá operar na posição orbital 70°W em conjunto com o C2, provendo capacidade satelital para o Brasil e demais países da região onde a América Móvil atua. Pesando 5.610 kg, o novo artefato terá 48 transponders em banda Ku equivalentes a 36 MHz, tempo de vida útil estimado em 15 anos e será lançado a partir da base de Kourou, na Guiana Francesa, pela Arianespace.

Já o Star One D1 será o primeiro satélite com banda Ka da operadora. A previsão continua para 2016, mas o COO não especificou se o plano de lançamento no primeiro trimestre também se mantém. Ele apenas comprovou que a banda larga será utilizada para ampliar a cobertura em locais remotos. "O segundo (satélite) vai substituir satélites terceirizados para ter backhaul em áreas rurais e vai reduzir custos", declarou. O D1 está sendo construído pela Space Systems Loral e trará 28 transponders em banda C, 24 em banda Ku e cerca de 300 transponders equivalentes de 36 MHz em banda Ka. O artefato cobrirá as Américas do Sul e Central, além do México, e também está programado para ser lançado pela francesa Arianespace a partir da base de Kourou. Ele substituirá o satélite Brasilsat B4 na posição orbital 84°W.

Regiões remotas

A ideia é que toda a expansão metropolitana do backbone e backhaul seja estendida também para cidades pequenas para prover serviços móveis. "Estamos dando muito mais banda larga móvel para todas as cidades pequenas, no ano que vem você vai ver muito mais em wireless e dados no Brasil, o crescimento nisso vai ser bom porque o backbone e a rede, conectando mais sites, colocando mais 3G e smartphones, vão gerar mais receita e dados", conclui o CEO da América Móvil, Daniel Hajj.

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