Valente volta a pedir combinação de cobertura e preço no leilão de 2,5 GHz

O diretor presidente da Telefônica/Vivo, Antonio Carlos Valente, voltou a pedir em público que o leilão da faixa de 2,5 GHz, que será utilizada para serviços de quarta geração (4G) de telefonia móvel, mescle preço com cumprimento de obrigações de cobertura. Uma das ideias propostas é seguir um modelo internacionalmente conhecido como "concurso de beleza", ou beauty contest", em que o preço da licença é menor para quem oferecer metas maiores de cobertura. No leilão do 3G a Anatel já considerou as obrigações de cobertura no cálculo dos valores das licenças, mas Valente entende que há espaço para que a agência seja mais ousada nesse aspecto ao elaborar as regras para o leilão de 2,5 GHz. "Essa nova oferta (de espectro) não pode interferir no crescimento da rede atual. Estamos presentes em 1.550 cidades com 3G, mas queremos chegar a 2.900 em meados do ano que vem", disse Valente. Entretanto, o executivo foi contundente ao afirmar que a Vivo não apoia o adiamento do leilão, ao contrário de outras teles, como a TIM, que sugeriram a postergação do evento. 

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O diretor presidente da Telefônica/Vivo reconheceu não ser possível ter um leilão sem aporte financeiro ao governo, mas entende que esse custo deveria ser menor, pois quem gera investimento efetivamente para o cidadão seriam as empresas, com a construção de suas redes. No leilão de 3G, de 2007, apesar de a Anatel reduzir os valores mínimos em troca de obrigações de cobertura, a competição pelas faixas com a presença da nextel fez com que o valor final das propostas superasse os R$ 5,3 bilhões, bem acima do que as empresas pretendiam gastar.

450 MHz

Valente praticamente descartou a participação da Vivo em um leilão pela faixa de 450 MHz. Embora tenha ressaltado que não existe uma definição concreta de não participar, elencou fatores que afastariam a empresa dessa compra: a falta de equipamentos em 450 MHz, a pequena largura de banda e a necessidade de utilizar uma tecnologia diferente. Vale lembrar que a Telefônica tem metas de cobertura rural a cumprir pelo Plano Geral de Metas de Universalização, mas estas metas estão vinculadas à existência de uma rede em 450 MHz. O governo quer forçar as concessionárias a investirem nessa rede, mas a resistência no mercado é grande.

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