Para especialista, mais instituições financeiras precisam acessar os recursos dos fundos

Foto: Shizuo Alves/MCom

No painel que discutiu as formas de financiamento e de crédito para o setor de telecomunicações, realizando durante o seminário Acesso Crédito Telecom, nesta terça-feira, 24, o especialista do BID, Luis Guillermo Alarcón, disse que o aumento de instituições financeiras aptas a acessar os recursos do fundo para proporcionar crédito é uma das saídas para o aumento de financiamentos e empréstimos no setor. Alarcón informou que o BID tem US$ 400 milhões destinados para investimentos em conectividade no Brasil. Destes, US$ 100 milhões estão comprometidos no programa Acessa Crédito. No mundo, o banco tem US$ 7 bilhões para esses investimentos.

Outro aspecto levantado pelo representante do BID foi sobre os países encontrarem mecanismos de financiamentos para os ISPs. Para Alarcón, o Brasil dá um bom exemplo, pois tem instrumentos dinâmicos e que podem ser copiados para diversos outros países.

Luigi Iervorlino, Sócio do BIP Brasil, explicou que a forma de análise de crédito dos bancos para um ISP é a mesma usada para qualquer outro cliente que pede empréstimo normal.

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"Os bancos não vão mudar o modelo de crédito deles. Mas, queríamos uma forma de fornecer informações que eles usam, de uma maneira mais confiável. Por isso, temos o Sicred, uma plataforma web que visa fornecer informações para as instituições financeiras sobre os ISPs".

O Sicred é um sistema que possui um formulário que os ISPs preenchem que pode ser analisado pelas instituições financeiras. Essa, aponta Iervorlino, é uma forma de fornecer informações próprias do setor para as instituições, o que pode facilitar o acesso ao crédito.

Aproximação

Juliano Stanzani, Diretor de Políticas Setoriais do MCom, explicou que o Seminário que lançou o Programa Acesso Crédito Telecom teve justamente estes objetivos: apresentar aos empresários as formas de acesso aos recursos de fundos setoriais para implantação de redes e aproximar o mercado financeiro de prestadores de serviços de pequeno porte, mostrando como os recursos dos fundos estão disponíveis ao mercado.

"Hoje, está virando história aquela narrativa de que os fundos no setor de telecom são ônus", disse Stanzani.

Na ocasião, o representante do MCom informou que ontem, segunda, 23, terminou o prazo para que empresas apresentassem propostas de iniciativas de conexão de escolas para amortizar a porcentagem de contribuição do Fust até 2025 . "Ainda vamos avaliar as propostas apresentadas", disse.

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