Recentemente, a Oi anunciou investimentos em São Paulo e no Rio com foco na melhoria de serviços, incluindo na rede LTE. Porém, além do compartilhamento de rede (RAN Sharing) com a TIM, a companhia também está procurando dar mais robustez à rede ao efetuar o refarming da faixa de 1.800 MHz para dedicar mais capacidade de cobertura e mesmo de banda, sinalizando para uma futura oferta de agregação de portadoras (LTE-Advanced).
Segundo apurou este noticiário, a Oi já iniciou a implantação da faixa de 1.800 MHz para 4G, embora não identifique ainda quais as cidades beneficiadas nem a capacidade separada do espectro. A companhia afirmou estar em "etapa de implantação e, no momento adequado, fará a divulgação das cidades atendidas". No caso do LTE-Advanced, a Oi informa apenas que nas cidades onde já tem a faixa de 2,5 GHz, poderia realizar a agregação de portadoras.
Análise
A movimentação da tele é importante porque ela foi a única das grandes a não participar do leilão da faixa de 700 MHz. Confinada ao espectro de 2,5 GHz, a companhia enfrenta dificuldades na cobertura pelo alcance menor da frequência mais alta – mesmo o compartilhamento de espectro com a TIM não é suficiente para sanar a deficiência. E em momento de recuperação judicial, medidas para garantir melhor eficiência operacional são necessárias. Com o refarming, a Oi não apenas melhora a cobertura em alcance e em ambientes internos, mas também consegue oferecer mais capacidade e competitividade – Vivo, Claro, TIM e Algar já anunciaram estar reaproveitando o espectro.
Resta saber se a empresa consegue dedicar capacidade suficiente para operar apenas em 1.800 MHz. Vale lembrar que, no total, a Oi conta com pouco mais de 10 milhões de acessos GSM no País, a terceira maior (à frente da Claro). Considerando apenas o Estado de São Paulo, por exemplo, são pouco mais de um milhão de conexões.
Segundo dados divulgados no balanço financeiro do segundo trimestre, a Oi fechou a primeira metade do ano com 286 municípios cobertos com 4G (aumento de 2% em relação ao ano anterior), o que representa 63% da população brasileira. No entanto, a empresa não discriminou se isso já incluía cidades com 1.800 MHz, uma vez que a tele ressaltava esforços na "melhoria de qualidade e cobertura e aumento da capacidade de rede 3G e 4G".
A Oi está operando no "Piloto Automático" e de fato, não tem muito o que fazer, enquanto não resolver essa RJ. Tomara mesmo que a China Telecom esteja interessada e aporte "capital" novo (que não pode ser pouco). Enquanto isso, ela vai se virando como pode.
Avante Oi! Saia da RJ mais forte!