O satélite de pequeno porte Serpens, desenvolvido pela Agência Espacial Brasileira (AEB) e por estudantes de universidades federais, foi acoplado com sucesso à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) nesta segunda-feira, 24. Segundo a agência, o próximo passo é colocá-lo em órbita, o que deve ocorrer no final de setembro ou início de outubro.
O nanossatélite Serpens foi lançado ao espaço há uma semana e transportado ao laboratório espacial pelo veículo japonês H-IIB. De acordo com a AEB, o Serpens ficará a 400 quilômetros de altura, distância que permite que o nanossatélite fique no espaço por até seis meses, antes de retornar à terra. O Serpens vai enviar os dados recebidos via rádio para as estações em solo, localizadas nas universidades.
Criado pela AEB, o Serpens é o primeiro nanossatélite do projeto Sistema Espacial para a Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites. A missão do equipamento é inspirada no Sistema Brasileiro de Coleta de Dados, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), responsável por coletar informações ambientais do País.
Além da Universidade de Brasília (UnB), participam do projeto as universidades federais de Minas Gerais (UFMG), do ABC (Ufabc) e de Santa Catarina (UFSC). O Instituto Federal Fluminense (IFF) é parceiro no processo de instalações das estações de solo. A AEB investiu cerca de R$ 800 mil no nanossatélite. Do exterior integram o projeto universidades dos Estados Unidos, da Espanha e da Itália.