A voz sobre IP está tirando o sono das operadoras de telefonia, mas estas estão se mexendo para não ficarem de fora desse mercado. Com as constantes reduções de custo das tarifas, é de se esperar que as empresas tradicionais queiram contar com novas receitas, e a telefonia IP apresenta-se como um grande negócio, explicou José Gama Júnior, gerente de Projeto VoIP da Brasil Telecom.
A empresa, que conta com 11 milhões de terminais instalados, começou a investir em 1999 numa rede NGN IP com protocolo MPLS, para oferecer mais serviços. Hoje, oferece o PABX Virtual com uma rede IP Centrex com solução hospedada pela operadora e a funcionalidade de proteção com softswitch. O público-alvo são empresas públicas, área de saúde e educação e pequenas e médias empresas. Oferece ainda o PABX IP, para a área corporativa, onde a rede local pertence ao cliente com gerenciamento remoto da operadora. ?As empresas devem fazer um estudo da rede antes de implantar o sistema, sendo mais barato usar a central da operadora para este serviço?, diz Gama.
A empresa aposta no PABX Virtual que roda no mundo IP e aproveita a rede legada, usando terminais convencionais, como ramal de IP Centrex. Nesta modalidade, a Brasil Telecom conta com capacidade instalada de 100 mil ramais virtuais no País. ?A economia em chamadas de longa distância pode chegar a 50% de ramal a ramal no PABX Virtual?, destaca Gama. O PABX pode ser hospedado no data center do cliente, gerenciado pela operadora ou conectado por uma rede privativa virtual (VPN). A Brasil Telecom conta com cerca de 850 mil clientes de banda larga e espera ampliar os negócios de telefonia IP neste segmento.
Gama participou do painel ?Riscos e benefícios da adoção da telefonia IP?, em evento que discutiu esta tecnologia, em São Paulo.