O Conselho de Administração da Brasil TecPar aprovou em assembleia na última terça-feira, 23, uma emissão de debêntures simples no valor total de até R$ 600 milhões. O aviso ao mercado da oferta ocorreu nesta quarta-feira, 24.
A oferta será de debêntures simples, não conversíveis em ações, com garantia real, podendo ser realizada em até duas séries. O BTG Pactual será o coordenador líder da operação.
A oferta também refere-se a debêntures incentivadas com benefício tributário nos termos do Art. 2º da Lei 12.431, sendo os recursos necessariamente alocados em projeto de investimento apresentado ao Ministério das Comunicações, nos termos do decreto 11.964.
A captação dos recursos visa financiar um projeto de ampliação, adequação e modernização de serviços de conectividade e infraestrutura de TI, incluindo rede de transporte, rede de acesso, rede local wireless, data center, rede de comunicação M2M, como Internet das Coisas (IoT), além de cabo fluvial e infraestrutura para virtualização de rede de telecom.
A iniciativa ainda prevê a cobertura de 5 milhões de HPs (casas passadas) de rede FTTH em 10 estados mais o Distrito Federal: Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC), Paraná (PR), Mato Grosso do Sul (MS), Mato Grosso (MT), Goiás (GO), Minas Gerais (MG), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Espírito Santo (ES). Essa área possui cerca de 17 milhões de usuários.
Com orçamento estimado em R$ 1 bilhão, o empreendimento começou em dezembro de 2023 e tem previsão para terminar em 15 de julho de 2031. Logo, as debêntures emitidas no mercado devem cobrir 60% do projeto.
Os papéis terão prazo de vencimento de sete anos, na mesma data de finalização da iniciativa (15 de julho de 2031). A quantidade de séries e os valores serão definidos após o procedimento de bookbuilding. O mesmo vale para a taxa de remuneração, com previsão de ser no máximo o título público Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B) + 3,90% ao ano com vencimento para 2030 ou 9,80% ao ano.
Vale lembrar que na semana passada, a companhia anunciou a aquisição de 100% da provedora regional mineira Nova Telecom, em operação de R$ 74,7 milhões que envolve 45 mil clientes.