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Sinstal prevê demissões por causa da restrição à venda de linhas móveis

Existe uma possibilidade de as empresas de instalação e manutenção de redes de telecomunicações começarem a demitir na próxima semana. O motivo seria uma onda de incerteza gerada neste mercado, a partir das medidas da Anatel de restringir a habilitação de novas linhas móveis de uma operadora por estado brasileiro. “Não temos condições de manter a mão-de-obra sem garantias de retorno”, avisa Vivien Mello Suruagy, presidente do Sindicato das Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços em Telecomunicações (Sinstal).

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Embora afirme ainda não ter uma quantidade definida de vagas que seriam cortadas, entre as 700 mil geradas pelo segmento em todo o País, Vivien acredita que, caso não haja uma reversão na determinação da Anatel, “a demissão virá e será pesada”.

Segundo ela, isso aconteceria porque as empresas de telefonia móvel estariam repassando às terceirizadas o clima de insegurança gerado pela medida adotada pelo órgão regulador. E, como a remuneração das 4.700 companhias que atuam neste segmento é em muitos casos variárivel, elas optariam por iniciar uma onda de cortes de pessoal por falta de demanda vinda das teles. “Se param as vendas, falta trabalho e, em muitos casos, as empresas deste mercado assumem contratos de risco”, revela.

Discussão

A presidente do Sinstal também classificou a medida da Anatel, anunciada na semana passada, como extrema e atribuiu à própria agência parte da responsabilidade pelo apagão da telefonia móvel brasileira. “Anatel não encara o problema de frente. E só aceita conversar com as operadoras, enquanto deveria conversar com todo o mercado, inclusive com os fornecedores e prestadores de serviços”.

Vivien aproveitou a discussão para cobrar do Governo o uso dos fundos setoriais — Fust, Fistel e Funttel — para serem revertidos em melhorias para o setor, como atendimento a áreas mais remotas ou melhoria da qualidade do serviço. “Hoje as operadoras têm margens apertadas por causa da concorrência baseada em preços, que é promovida pelo regulador. Isso é bom para o consumidor, mas em algum momento vai faltar dinheiro para investir, porque a margem de lucro deste negócio é muito baixa”.

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