Anatel não dá prazo para liberar as vendas

O superintendente de serviços privados da Anatel, Bruno Ramos, permanece sem dar uma estimativa de quando as vendas das operadoras móveis serão liberadas, a despeito de o próprio ministro Paulo Bernardo ter declarado que 15 dias na sua visão seria um prazo razoável para que as vendas fossem liberadas. "Nós temos trabalhado no sentido de que as empresas apresentem seus planos de forma final para que assim a Anatel possa aprovar a liberação das vendas", esquiva-se Ramos.

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Nesta terça, 24, o superintendente esteve reunido com o presidente da TIM, Andrea Mangoni, com o diretor de assuntos regulatórios da operadora, Mario Girasole, e com o diretor de mercado de atacado, Antonino Lugero. Ao contrário da primeira reunião, na qual Ramos disse que a empresa apresentou um plano preliminar, desta vez a TIM trouxe um documento de 800 páginas com o detalhamento do investimento por Estado e por DDD, como quer a Anatel. "A questão da TIM é que o número de estados é grande", disse o superintendente em relação aos 18 estados mais o Distrito Federal em que a empresa ficou impedida de comercalizar novas linhas.

A reunião com a empresa durou duas horas e meia no período da manhã e foi retomada na parte da tarde. "Conseguimos apresentar um plano detalhado e aprimorado. Tão detalhado que a reunião continua na parte da tarde", disse Girasole. A TIM informou que está dobrando o investimento inicial destinado à qualidade para R$ 450 milhões, que serão aplicados inteiramente este ano. O valor insere-se no investimento anual estimado em R$ 3,5 bilhões. De 2012 a 2014 a TIM investirá R$ 9,5 bilhões. Girasole, entretanto, observa que o difícil é executar o investimento orçado em função das restrições municipais para instalação de antenas.

Justiça

Segundo Girasole, neste momento a empresa não pretende recorrer da decisão que negou o pedido liminar para que as vendas não fossem suspensas. Segundo o executivo, a TIM está "focalizada" no plano para a melhoria da qualidade. "Este é o processo desta semana. Por enquanto aquela parte (a Justiça) está suspensa", afirma ele.

O executivo reconhece que a suspensão gerou "questões" com os acionistas e com os parceiros comerciais, mas, ao que parece, uma nova ofensiva na Justiça está fora dos planos da companhia. "Nosso objetivo é que isso seja equacionado na mesa técnica", disse ele.

Diplomacia

Girasole também negou que a suspensão das vendas tenha gerado uma crise diplomática entre Brasil e Itália. "Esse é um assunto técnico e de telecom. Não tem nada a ver com diplomacia". Segundo Girasole, esta semana o novo presidente da empresa, Andrea Mangoni, e o presidente da Telecom Italia, Franco Bernarbè, terão uma reunião com o ministro Paulo Bernardo. A reunião foi confirmada para esta quarta, 25.

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