A crise econômica, a variação cambial em países emergentes e a redução na demanda por infraestrutura de rede foram algumas das razões para a Ericsson ter registrado no segundo trimestre uma queda de 61% em seu lucro líquido em comparação com o mesmo período de 2009, baixando de 2 bilhões para 800 milhões de coroas suecas, o que representa aproximadamente US$ 107 milhões, pelo câmbio desta sexta-feira, 23. Na comparação com o primeiro trimestre, o lucro caiu 57%.
A receita da Ericsson, porém, subiu 7% na comparação anual entre trimestres, passando de 48,5 bilhões para 52,1 bilhões de coroas suecas, ou US$ 7 bilhões. Um dos motivos para a melhora foi o crescimento da procura das operadoras por contratos de gerenciamento de rede. A Ericsson assinou um contrato de sete anos com a Sprint por um valor aproximado de US$ 5 bilhões. Outro negócio importante de gerenciamento foi firmado com a operadora africana Zain por um prazo de cinco anos. A Ericsson acredita que esse contrato pode abrir caminho para outros na África subsaariana. A área de serviços agora representa 38% do faturamento da empresa. Um ano atrás era 33%.
A fabricante destacou a crescente demanda por banda larga móvel, o que fez a receita por redes 3G subir 60% e superar pela primeira vez o faturamento com infraestrutura GSM.
Na América Latina, a Ericsson registrou uma queda de 3% da sua receita em um ano, justificada principalmente pela variação cambial. A fabricante ressaltou que teve crescimento nos mercados do Chile e da Argentina e verificou um aumento da demanda por banda larga móvel na região.