Em carta enviada à CMVM (órgão que fiscaliza o mercado de valores mobiliários de Portugal) a qual a agência Lusa teve acesso, a Telefónica afirma que desconhece os compradores da participação de cerca de 8% na PT e que não tem qualquer acordo para garantir a recompra destes títulos. Trata-se de contratos de equity swap feitos através de intermediários financeiros, de acordo com a operadora.
Em relação à cláusula que dá direito à PT comprar ou indicar uma sociedade para comprar a participação da Telefónica na PT, os espanhóis garantem que, caso a venda da Vivo seja concretizada, eles comprarão no mercado as ações para honrarem o compromisso.
Esta questão, entretanto, será decidida pelo presidente da Assembleia Geral, Menezes Cordeiro. Fontes ouvidades pela impresa portuguesa afirmam que Cordeiro pode entender que, no momento da assembleia, a Telefónica não tem as ações que fazem parte da proposta em votação e, por isso, a proposta poderá ser cancelada. Outro ponto que está nas mãos de Menezes Cordeiro é se Telefónica ou essas novas sociedades que detem os direitos pelas ações poderão votar na Assembleia.
O órgão que fiscaliza o mercado de valores mobiliários de Portugal vai analisar se os acordos ferem regras relativas aos deveres de comunicação sobre participações em sociedades, de divulgação de alteração de posições e as regras que definem os direitos de voto.