Na opinião do novo presidente da Telebrasil, Ronaldo Iabrudi, o governo brasileiro não deveria licitar este ano as licenças para 3G, porque os investimentos realizados para a implantação da segunda geração dos serviços móveis ainda não foi totalmente recuperado, e a terceira geração não representa avanços tão significativos que compensem os novos investimentos: ?a equação econômico financeira não se verifica?, afirma Iabrudi. A opinião do dirigente da Telebrasil, que também preside a Telemar, é a mesma o secretário executivo do ministério das Comunicações, Paulo Lustosa, que também não considera a implantação desta tecnologia prioridade. O ex-presidente da Telebrasil, e presidente do grupo Algar, Luiz Garcia, discorda o colega, contudo: ?nós lutamos muito para atingir o atual estágio de desenvolvimento das telecomunicações e não podemos nos atrasar em relação ao que acontece na Europa e nos Estados Unidos. Não podemos ser castrados no nosso desenvolvimento?. Iabrudi considera que a prioridade é a inclusão digital coletiva, ou seja: ?precisamos oferecer acesso em locais em que se concentrem muitas pessoas, como escolas, postos de saúde, prefeituras, associações entre outras, e não nos preocuparmos tanto com o acesso digital individual?.
Concordância
Os dois dirigentes empresariais concordam, porém, que em relação à discussão sobre o novo modelo de telecomunicações o setor saiu na frente: ?os grandes objetivos do modelo anterior foram atingidos, e acredito que o governo deverá considerar as nossas ponderações?, afirma Iabrudi sobre as propostas que a Telebrasil está discutindo sobre o assunto.