5G: no B2B, momento é de identificar necessidades e formular incentivos

Com grande expectativa de adoção do 5G no segmento corporativo (B2B), operadoras e demais players da cadeia de telecom avaliam que a identificação de necessidades da cadeia produtiva a e criação de incentivos para absorção da tecnologia devem definir o sucesso da quinta geração de redes no Brasil.

Durante o primeiro painel do TELETIME Tec, evento organizado pelo TELETIME nesta segunda-feira, 24 (e que continua na terça, 25), debatedores lembraram que a vertical empresarial deve ser a principal beneficiada pelo 5G. Na Claro, o diretor de marketing, Marcio de Carvalho, apontou grande potencial para parcerias com clientes B2B – incluindo em segmentos como agro, saúde e automotivo, nos quais a empresa já está se movimentando.

"Cada vez mais os braços de B2B falam com grandes clientes para desenvolver soluções integradas", revelou o executivo – não sem pontuar que a oferta de banda larga móvel aprimorada para o consumidor pessoa física também será elemento importante na estratégia.

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Carvalho, contudo, apontou a importância de incentivos para adoção da tecnologia entre empresas do País. Analista da consultoria Cullen, André Gomes seguiu caminho semelhante. "[É necessária] uma lógica de incentivos para profissionais, empresas e agentes de cada setor se engajarem e não representarem resistência, mesmo que velada".

Necessidades

Diretor de engenharia de rede da TIM, Marco di Costanzo notou que o momento também é de identificação de necessidades entre clientes B2B. A busca deve mirar serviços nos quais haveria predisposição para maior remuneração, possibilitando retorno sobre o investimento das teles.

Um exemplo citado foi o do agronegócio, no qual a TIM afirma ter reduzido de 15% a 20% os custos operacionais com aplicação de agrotóxicos após a oferta de soluções de conectividade. "Isso é algo que as empresas estão dispostas a pagar caro", afirmou Costanzo. Em paralelo, parcerias para o segmento automotivo também foram lembradas.

Já o diretor de relações públicas e governamentais da Huawei, Carlos Lauria, destacou que, no Brasil, uma planta fabril da fornecedora já equipada com 5G vislumbrou redução de 17 horas para 7 horas na produção de equipamentos. Neste sentido, o crescente investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D) da empresa deve habilitar avanços para atendimento da indústria e de outras verticais.

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