Huawei aposta no potencial de crescimento do setor de telecom do Brasil

O Brasil tem condições de avançar muito no segmento de Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs) nos próximos anos, pois ainda tem uma demanda muito alta por conexão a internet. No entanto, o país precisa avançar na eficiência das operações e das políticas públicas. A afirmação é do Zhou Jianjun, vice-presidente Global de negócios de operadoras da Huawei.  Na visão do executivo, governo, sociedade e indústria devem trabalhar juntos para criar um ambiente de tecnologias da informação e comunicação que promova mudanças nos ecossistemas e culminem em soluções de negócios que transformem o país. "Em resumo, uma sinergia nacional, formando um ecossistema digital, prevendo os segmentos de negócios e atendimento social", afirmou.

Em sua participação no Painel Telebrasil, nesta quinta-feira (24), o executivo destacou que o trabalho deve considerar a demanda, retorno sobre investimento e fornecimento eficiente do serviço. "Em um cenário em que mais de 50% dos lares brasileiros não têm conectividade e 15% dos municípios não tem cobertura de internet móvel, há um bom espaço para crescimento".

"O PIB per capita do Brasil e da China são similares, mas, quando se olha o porcentual de TIC no PIB, o da China é mais de duas vezes o do Brasil", disse, citando os números de 5,7% para o Brasil contra 13,5% para a China e 7% a média global. "Ainda há muito espaço para ocupar e fortalecer os negócios de TICs, baseado no tripé de agilidade, criação de valor e ganho de eficiência." De acordo com ele, o ganho exponencial não vem da conexão dos não-conectados, mas da conexão de tudo: vidas, cidades e indústrias inteligentes.

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Em sua experiência em outros países, Jianjun destacou que para uma prestação de serviço eficiente, além de contar com a infraestrutura de rede, o operador deve manter interatividade com o cliente e todos os stakehoders da cadeia de telecomunicações. "É importante o envolvimento no ecossistema. Em um processo colaborativo, conseguiremos avançar, reduzindo custos e aumentando a receita, pois vários países, como no Brasil, clientes de regiões diferentes, demandam por soluções diferentes", afirmou. De acordo com o executivo, na Indonésia e Gana os governos optaram por reduzir a tributação no setor para ampliar a cobertura da telefonia móvel, como preparação para a chegar da 5G que, segundo ele, deve chegar em cerca de quatro anos nas regiões. "Em paralelo, houve o planejamento para o uso do espectro. Isso é muito importante, já que a tecnologia se desenvolve rapidamente", concluiu.

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