RNP e CPqD lançam observatório nacional de blockchain

Foto: Gerd Altmann/Pixabay

A Rede Nacional e Pesquisa (RNP) juntamente com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) lançam na próxima sexta-feira, 25, o Observatório Nacional de Blockchain, uma nova plataforma criada para mapear, divulgar e fomentar o desenvolvimento dessa tecnologia no País.

A iniciativa é um dos resultados do Projeto Ilíada, desenvolvido pelas duas entidades com financiamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Segundo a RNP, a tecnologia blokchain é considerada um dos pilares da chamada Web 3.0, e cada vez mais tem assumido um papel de destaque no funcionamento de empresas e governos.

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O Observatório Nacional de Blockchain funcionará como um tipo de banco de dados descentralizado, que pode ser público ou privado, a depender das permissões, no qual as informações não são controladas por uma única entidade, garantindo maior transparência e segurança. Segundo a RNP, a ideia é que o observatório ajude a conectar universidades, empresas e o governo para impulsionar o crescimento do ecossistema blockchain em todo o País.

"O observatório foi idealizado pela saudosa professora Fabiola Greve da UFBA, e inspirado em uma iniciativa semelhante na Europa. O nosso desejo é ser uma fonte de agregação de informações sobre iniciativas em desenvolvimento por entes públicos e privados, contribuindo assim para o diálogo e a integração entre atores da academia, governo e setor empresarial", comenta Leandro Ciuffo, diretor adjunto da diretoria de pesquisa, desenvolvimento e inovação da RNP.

Entre os principais recursos do Observatório Nacional de Blockchain estão o mapa de iniciativas, que identifica e reúne startups, grupos de pesquisa e projetos governamentais; casos de uso, com exemplos concretos de aplicações dessa tecnologia; e os indicadores do setor, que trazem dados sobre a produção científica nacional em parceria com o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict).

A RNP explica ainda que o observatório busca ainda fortalecer a comunidade de pesquisadores, oferecendo uma área dedicada à curadoria de conteúdo, com relatórios, vídeos e oportunidades de pesquisa sobre blockchain.

O espaço também acompanhará tendências, regulamentações e avanços do setor, contribuindo para a disseminação do conhecimento e a ampliação do uso dessa tecnologia no País. Além disso, a RNP diz que será lançada uma Comunidade de Especialistas em Blockchain, que promoverá encontros virtuais para troca de conhecimento e contará com um grupo privado para discussão no LinkedIn.

O Projeto Ilíada faz parte dos Programas e Projetos Prioritários de Informática (PPI), iniciativa que visa promover o desenvolvimento em ciência, tecnologia e inovação, áreas consideradas estrategicamente relevantes para o Brasil. O projeto foi apoiado pelo MCTI no âmbito do PPI-SOFTEX, coordenado pela Softex.

Usos da blockchain

A blockchain pode ser comparada a um livro-caixa digital, no qual todas as transações realizadas são registradas e armazenadas de forma imutável. Essa característica torna a tecnologia mais segura, já que dificulta alterações ou fraudes nos dados registrados. Por ser um banco de dados descentralizado, as informações não ficam armazenadas em um único local, aumentando a proteção contra ataques virtuais e vazamentos de informações.

Outro diferencial da blockchain é a transparência. Qualquer atividade registrada na rede pode ser rastreada pelos usuários do sistema, garantindo maior confiabilidade aos processos. No Brasil, a tecnologia já vem sendo aplicada em diferentes setores: a RNP, por exemplo, adotou blockchain na emissão de diplomas digitais. Já o governo federal tem usado a tecnologia na emissão da Carteira de Identidade Nacional.

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