A Telemig Celular e a Amazônia Celular são controladas, numa estrutura em cascata, por fundos geridos pelo Opportunity. Como controladora das operadoras está a Telpart. Quem controla a Telpart é a Newtel, que por sua vez é controlada pelo Opportunity MEM, que é controlado pela Futuretel que, em última instância, é controlado pelos fundos geridos pelo Opportunity. A mudança denunciada pela TIW aconteceu no último degrau da cadeia, que é a Futuretel. Conforme a análise da documentação pública disponível, a TIW constatou que a Futuretel, que tinha como maior acionista, com 52%, o fundo CVC Brasileiro, tendo o CVC Cayman 42% e o fundo Tele FMIA tinha 6%, mudou de controle. Na época em que foi paga a terceira parcela da privatização, (28 de julho de 2000), o principal acionista da Futuretel passou a ser o CVC Cayman (47%), ficando o CVC Brasileiro com 46% e o Tele FMIA com 7%. Segundo a TIW, nesta mesma época o Opportunity Zain (controlador da Brasil Telecom) emprestou R$ 72,1 milhões ao Opportunity MEM em promissórias posteriormente transformadas em debêntures. Outras empresas também emprestaram valores menores ao Opportunity MEM, entre elas a Argolis, que participa da Telemar.