A Superintendência-Geral (SG) do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a compra de 15 torres de telecomunicações da empresa de infraestrutura CAW pela Telefônica Brasil, dona da Vivo.
O aval ao negócio foi publicado na edição desta segunda-feira, 24, do Diário Oficial da União (DOU). Na liberação do negócio, a SG recordou que a Vivo já utiliza as torres em suas atividades. Sendo assim, considerou que a operação representa uma "mera transferência de propriedade".
"Embora a Telefônica esteja adquirindo as torres, ela, atualmente, possui direito de uso das torres, que já são utilizadas para o desenvolvimento da sua atividade principal em razão da relação comercial existente entre as requerentes", destacou a SG. Por isso, não haveria novas sobreposições horizontais ou integrações verticais no mercado de construção, gestão e operação de infraestrutura de telecom.
Desse modo, a conclusão do órgão de defesa da concorrência é de que a operação não produz alterações significativas ao ambiente concorrencial, descartando, assim, uma análise mais aprofundada dos mercados envolvidos e liberando a aquisição.
Adicionalmente, a SG ainda avalia que, para a Vivo, a operação se trata de uma oportunidade de expansão do portfólio de sites e melhora na qualidade dos seus serviços. Para a CAW, a avaliação é de que o negócio gera retorno financeiro sobre os investimentos feitos nas torres. O valor da transação e a localização das torres não foram revelados.
A CAW atua como provedora de infraestrutura para os setores de telecomunicações, energia e demais estruturas, como edifícios e obras de grande porte. Sediada em Campo Largo (Paraná), a empresa realiza ainda a fabricação de estruturas metálicas em aço para torres de telecom e conta com um parque fabril de mais de 400 mil m², com uma capacidade produtiva de 40 mil toneladas/ano.