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Hughes foca em banda larga, backhaul 5G e WiFi comunitário para crescer no Brasil

Ramesh Ramaswamy, VP executivo e general Manager Internacional da Hughes

Ramesh Ramaswamy, Vice Presidente Executivo e General Manager da divisão internacional da Hughes, destaca que o crescimento dos mercados na América Latina, mas sobretudo o Brasil, se dará de três formas: a intensificação do movimento já iniciado durante a pandemia, em que a empresa passou a se concentrar em clientes que trouxessem receitas maiores na oferta de serviços residenciais; backhaul para celular, e a ampliação dos serviços de distribuição no modelo de WiFi comunitário por meio de satélites.

“Nossa presença no Brasil é grande e não é recente, e vem evoluindo há muito tempo com serviços empresariais. Há cinco anos é que começamos a lançar a nossa operação residencial e foi um grande sucesso”, diz ele, em entrevista ao TELETIME durante a Satellite 2022, destacando a marca de 240 mil clientes conquistada no período.

“As pessoas começaram a usar mais nossos serviços  com a pandemia e com isso mudamos um pouco a nossa estratégia. Buscamos assinantes de maior qualidade que possam gerar receitas maiores. Mas, além disso, o que fizemos foi tentar chegar de outras formas, como WiFi comunitário, com o qual temos mais mil quiosques e acreditamos que no longo prazo isso vai crescer muito”, diz ele.

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Ramesh Ramaswamy reconhece que parte da mudança de estratégia foi motivada também por uma limitação de capacidade: a Hughes está no limite da quantidade de clientes que pode ter em alguns dos beams. “Isso aconteceu um pouco antes do que esperávamos, porque as pessoas estão usando mais e tivemos mais clientes. E é um fato que só mudará com a chegada do satélite Jupiter 3, cujo lançamento é previsto para o final do ano”, diz ele. “Mas nem por isso vamos mudar a estratégia de buscar clientes de maior valor”, diz Ramesh.

Segundo o executivo, backhaul para serviço móvel, WiFi comunitário e banda larga residencial seguem sendo os três focos da companhia, além dos serviços empresariais que a Hughes já mantém há décadas no Brasil. “O Brasil é um mercado muito competitivo e precisamos olhar sempre com muita atenção para o mapa para entender onde está a demanda. Com o leilão de 5G vamos ter certamente mais competição, mas com as obrigações também teremos mais demanda para capacidade de banda larga nos backhauls, então é um cenário em que há ganhos. É um bom problema. Mas mesmo olhando o mercado hoje vemos muitos espaços para crescimento, especialmente com o modelo Community WiFi” .

Segundo ele, o modelo do Brasil, pioneiro na estratégia internacional da Hughes, é um exemplo para outros países da América Latina. Ele destaca os testes do serviço comunitário usando a rede LTE, e diz que a nova tecnologia de acesso final, usada em lugar do WiFi, fez crescer o uso, o que está associado a uma cobertura maior (o projeto em Minas Gerais usa faixa de 700 MHz, de alcance ampliado). “Agora vamos buscar parceiros com espectro, e acreditamos que as telcos poderão ter esse serviço no portfólio”. Segundo ele, o fato de o Facebook não estar mais focado no desenvolvimento do WiFi Community não é um problema. “A tecnologia e o mercado estão disponíveis e vamos seguir os planos”. A empresa Meta, parceira da Hughes no projeto de acesso por redes WiFi conectadas via satélite, anunciou, no começo de fevereiro, que não iria mais continuar o desenvolvimento do modelo de WiFi Comunitário.

Ramaswamy diz que a Hughes, a exemplo das demais operadoras, está empenhada em agregar cada vez mais serviços a suas ofertas, fugindo do modelo de capacidade. “Na verdade, sempre atuamos assim. Sempre integramos capacidades e tecnologias, e vamos continuar fazendo isso, agora numa estratégia multiplataforma”, diz ele, lembrando a parceria com a OneWeb para utilização da capacidade da constelação de satélites de órbita baixa (LEO) inicialmente nos EUA e índia.

“A tendência de agregar serviços é inevitável. Considerando o custo por bit que temos hoje, para ter sucesso precisa agregar valor. Da mesma coisa é a tendência de usar multiplataforma, e isso é o que a gente sempre fez e vai continuar fazendo. Para o cliente não faz diferença”, diz Ramesh. 

Sobre a chegada de competidores como a Viasat (desde 2020) e a Starlink (prevista para esse ano) no mercado brasileiro, Ramesh diz não se preocupar. “Nossos competidores estão seguindo os nossos caminhos de internacionalização, mas temos um grande mercado com espaço para todo mundo. Não perdemos tempo pensando neles, mas no que a gente pode fazer melhor, ter o melhor custo por bit, o que o usuário quer. E entender os mercados locais, porque não pode ser uma receita única para todos os países. Temos grandes expectativas para Brasil e América Latina, mas sempre tem muito a fazer”, diz ele.

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