Serviços financeiros móveis podem atingir R$ 200 mi este ano no Brasil

Os serviços financeiros móveis, inclundo os de pagamentos móveis, transações e mobile banking, contabilizaram R$ 160 milhões no ano passado no Brasil, o que representa cerca de 2% da receita obtida pelas operadoras com serviços de valor adicionado(SVA), que totalizaram R$ 8 bilhões em 2009, segundo estudo da Acision, fornecedora de plataformas de SMS e SVA.
De acordo com o presidente da empresa para a América Latina, Rafael Steinhauser, a cifra deve ser mais elevada neste ano, levando em consideração que a receita com VAS irá aumentar, assim como a participação dos serviços financeiros móveis sobre o todo. Estimativas apontam que a cifra pode chegar a cerca de R$ 200 milhões neste ano, levando em consideração o desempenho da receita de VAS do último trimestre de 2009, cuja a estimativa, no mínimo, é de ser mantida nos trimestres deste ano.
"O potencial é muito grande para o segmento de serviços financeiros móveis no país", avalia Steinhauser. Para ilustrar sua afirmação, o executivo cita pesquisa realizada pela empresa nas cidades de São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro, a qual revela que 71% dos assinantes de telefonia móvel utilizariam o celular como cartão de crédito ou débito, enquanto que 66% consultariam saldo ou movimentariam a conta bancária pelo celular.

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A oportunidade de mercado é enorme, aponta o executivo, já que atualmente somente 5% dos assinantes de telefonia móvel das regiões pesquisadas fizeram pagamento via celular e apenas 7% acessaram algum banco pelo aparelho.
O estudo mostra que na soma de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre existem 2,7 milhões de usuários de serviços de mobile banking e 2,3 milhões de pessoas que realizam pagamentos via celular.
Mas ainda há algumas barreiras para o serviço avançar. A principal delas é a segurança: 59% dos entrevistados disseram que não usam os serviços financeiros móveis por não confiarem neles, 15% por terem medo de clonagem e 11% de terem suas senhas descobertas e roubadas. Outro motivo apontado por eles é o fato de não terem conta em banco, situação de 12% dos entrevistados.
As razões são semelhantes às apresentadas pelos entrevistados para a falta de uso do celular para fazer pagamentos: 53% disseram que não acham o serviço seguro, 15% que vai aumentar o roubo de celulares e 9% por não terem conta em banco.
Em relação ao modelo de negócios, motivo de intenso debate entre as operadoras e bancos, o consultor de soluções móveis Sérgio Goldstein disse que acredita em um modelo de parceria entre as empresas. Ele observa que, além de ampliar as ofertas de serviços para os correntistas, as soluções financeiras móveis representam uma estratégia eficaz para a chamada "bancarização" das pessoas que não têm conta em banco. "Além da inclusão digital, o celular permite a inclusão financeira, ao reduzir a burocracia para o consumidor e tornar o contato com o banco mais fácil de ser realizado", conclui.

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