A iniciativa da Anatel de regulamentar os operadores virtuais, conhecidos como MVNOs, tem o apoio da Claro, mas a empresa teme que um eventual relaxamento das barreiras sugeridas pela agência reguladora a esses futuros operadores desestabilize o mercado. A operadora móvel disse que é favorável a que as MVNOs só possam fechar negócio com uma única empresa de telefonia móvel em cada área de atuação. Para a Claro, essa barreira evitará a proliferação das operadoras virtuais como meras "atravessadoras" das empresas móveis.
A equipe da Claro ressaltou na consulta pública que existem dificuldades técnicas para viabilizar que uma empresa de telefonia móvel aporte mais de uma MVNO em sua rede. "Outro ponto relevante tange a dificuldade técnica existente para possibilitar a operação de mais de uma MVNO utilizando a rede de uma única prestadora origem. Testes de interoperabilidade e outras verificações são imprescindíveis, o que invariavelmente requer tempo", ponderou a empresa.
Com relação ao cadastramento de empresas coligadas, controladas ou controladoras de operadoras de telefonia móvel como MVNOs, a Claro esclareceu que, ao contrário do que informou este noticiário, ainda não tem uma posição definida. Net e Embratel são empresas consideradas coligadas da Claro e, em princípio, estariam impedidas de se cadastrarem como operadoras virtuais pela rede da Claro se a Anatel mantiver a regulamentação sugerida até agora. Segundo fontes da operadora móvel, esta está sendo considerada uma "questão secundária" para a Claro, que prefere não se posicionar nem contra nem a favor da barreira por enquanto.
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