Na análise dos representantes do setor celular, o próprio mercado deverá regular a questão, segundo a demanda e a capacidade de aquisição da população, tão logo haja maturidade competitiva no País. Afinal, convém lembrar que em muitas localidades a penetração junto às classes A e B já está esgotada, restando as faixas de menor poder aquisitivo como espaço para continuidade de crescimento do serviço. O problema da inadimplência pode ser circunstancial, com a crise do real e aumento do desemprego. Mas, como demonstra José Luis de Souza, da ATL, tem também seu componente estrutural: no Brasil, o usuário gasta 15% de sua renda per capita com telecomunicações, uma parcela bastante alta.