Após Conexis e TelComp, agora a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) também manifestou preocupação com a demora do Congresso Nacional em realizar as sabatinas de Carlos Baigorri e de Artur Coimbra para a presidência e conselho da Anatel, respectivamente. Na carta aberta destinada ao parlamento e divulgada nesta quinta-feira, 24, a entidade diz que a agência tem papel de extrema importância para o setor e que, por isso, é "essencial manter a composição completa e efetiva" do Conselho Diretor.
A entidade representante de prestadoras de pequeno porte (PPPs, ou ISPs, como também são chamadas) cita assuntos relevantes atualmente em discussão na Anatel, como a regulamentação do compartilhamento de postes, redes neutras e a implantação do 5G. "O setor de telecomunicações – que está em constante crescimento e inovação – pode ser negativamente impactado pela possível morosidade ou instabilidade nos processos regulatórios", coloca a Abrint.
"Por isso, a Abrint pede uma resposta célere do Poder Legislativo para a realização das sabatinas dos nomes já indicados pelo Poder Executivo para composição efetiva da direção superior da Anatel", finaliza a carta, assinada pela gerência de relacionamento institucional, regulatório e comunicação da associação.
O apoio às candidaturas de Baigorri e Coimbra acontece em meio a rumores de que haveria ainda uma disputa política pela cadeira da presidência da Anatel, com o conselheiro Emmanoel Campelo como possível candidato. A sabatina no Senado não foi possível ainda no final do ano passado mas, mesmo depois do regresso, já foi suspensa devido ao receio com a variante ômicron da covid-19. Desde o começo de fevereiro, a presidência interina da Anatel está sendo ocupada pelo superintendente de fiscalização da agência, Wilson Wellisch.