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Como esperado, Telecom Italia corta dividendos para garantir investimentos

Como vinha sendo aguardado pelo mercado, o CEO da Telecom Italia, Franco Bernabè, anunciou durante a teleconferência dos resultados financeiros nesta sexta, 23, a revisão da política de pagamento de dividendos da holding italiana que controla a TIM Brasil. “No contexto dos recorrentes rebaixamentos da nota da República da Itália por diferentes agências de rating, do declínio da flexibilidade financeira para grandes empresas italianas e frente à necessidade de manter flexibilidade de capex nos mercados-chave da companhia, reconsideramos a política de dividendos”, explica Bernabè.

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A Telecom Italia estabeleceu como teto para o pagamento de dividendos 900 milhões de euros ao ano entre 2012 e 2014. Em 2011, a holding distribuiu 1,2 bilhão de euros em dividendos aos seus acionistas e, antes dessa revisão, o plano inicial previa um aumento de 15% ao ano no pagamento de dividendos a partir de 2012. “Precisamos evitar a destruição de valor da Telecom Italia no mercado doméstico e focar investimentos nos mercados-chave, principalmente na América Latina”, acrescenta.

A crise no mercado europeu reduziu os gastos dos consumidores e impactou a receita e o EBITDA da TI em seu mercado doméstico. O crescimento do grupo foi sustentado, principalmente, pelo Brasil, em maior escala, e pela Argentina. Ainda assim, embora a participação da América Latina venha crescendo, cerca de 85% da geração de caixa do grupo italiano ainda vêm do mercado doméstico e o objetivo da holding é investir, entre 2012 e 2014, mais de 15 bilhões de euros para manter a geração de caixa da operação italiana, expandir a operação brasileira e aumentar a rentabilidade da operação argentina.

2012-2014

O novo planejamento da Telecom Italia para o triênio 2012-2014 prevê um EBITDA acumulado de cerca de 38 bilhões de euros e um capex de 15 bilhões de euros no período (sem contar aquisição de espectro no Brasil e na Argentina), o que resultaria numa geração de caixa (EBITDA – Capex) de mais de 22 bilhões de euros entre 2012 e 2014.

Outra meta é baixar a dívida líquida do grupo, que em 2011 somou 30,4 bilhões de euros. “Queremos reduzir nossa dívida líquida para 27,5 bilhões de euros em 2012, para 25 bilhões de euros em 2013, fazendo a relação entre dívida líquida menos o EBITDA ser duas vezes menor em 2014”, expõe Bernabè.

Brasil

Também durante a teleconferência de resultados, o presidente da TIM Brasil, Luca Luciani, pontuou os principais pontos do planejamento da operação brasileira para o triênio 2012-2014. “Queremos crescer dois dígitos em receita ao ano entre 2012 e 2014, chegar a mais de 90 milhões de clientes, aumentar o tráfego anual de voz para 200 milhões de minutos e fazer a participação da receita de dados chegar a 25% da receita total de serviços em 2014”, revela. O crescimento em receita estimado para 2012 é de mais de 10% em relação aos R$ 4,6 bilhões registrados em 2011.

Luciani reafirmou a necessidade de investimento em infraestrutura para que a TIM Brasil continue crescendo. “Vamos investir R$ 3 bilhões ao ano ao longo dos próximos três anos, somando R$ 9 bilhões ao final de 2014. Continuaremos expandindo a capacidade de rede 2G para atender à expansão no tráfego de voz, expandiremos a cobertura 3G para atender a mais de 80% da população urbana do País, implantaremos 10 mil hotspots Wi-Fi para escoar parte do tráfego de dados das redes móveis e cobriremos um milhão de residências com fibra ótica até 2015”, revela.

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