Analistas do mercado consideraram que os resultados da Vivo Participações ficaram dentro do esperado. Para o Banco Brascan, o menor crescimento em sua base de assinantes e a redução na margem Ebitda das empresas do Grupo Vivo era prevista em função da baixa competitividade nos clientes de menor poder aquisitivo e pelo discurso de maior razoabilidade comercial da companhia.
A desaceleração da competição no pré-pago, a maior competição no pós-pago onde a Vivo tem papel importante, a reestruturação recentemente anunciada com benefícios fiscais, administrativos e operacionais, e a potencial consolidação do Grupo Vivo em torno da Telefónica, após uma eventual compra da participação da Portugal Telecom, abrem uma nova perspectiva para a companhia nos próximos períodos, segundo o Banco Brascan. O relatório também aponta que a possibilidade da operação de 3G neste ano permitirá inserção da companhia em mercados não explorados, como o de Minas Gerais, e sinalizará uma solução para o dilema envolvendo a tecnologia CDMA.
Para a Merryll Linch, a queda da margem Ebitda da Telesp Celular Participações (TCP) ficou abaixo da previsão do banco, puxada pelas provisões para cobrir devedores duvidosos. O anúncio de reestruturação da Vivo, em dezembro, afetou diretamente os resultados da TCP, segundo o relatório. O banco de investimentos continua apostando no dinamismo do mercado brasileiro de celulares para que as margens sejam melhores nos próximos trimestres e espera esclarecimentos se as provisões sobre os créditos duvidosos serão recorrentes nos próximos períodos.
TCP agora é Vivo Participações
As companhias que compõem a Vivo realizaram na última quarta-feira, 22, assembléias extraordinárias e aprovaram a proposta do conselho de administração para que a TCP passe a se chamar Vivo Participações e incorpore as demais empresas do grupo listadas em bolsa. Segundo comunicado da CVM, os acionistas titulares das ações ordinárias e preferenciais da Vivo e das demais empresas abertas do grupo que dissentiram da incorporação terão o direito de retirar-se das companhias mediante o reembolso das ações até o dia 27 de março de 2006. A CVM informa também que a venda das ações da TCP, TCO, TLE, TSD e CRTPart via convênio bancário estará suspensa entre os dias 28 de março de 2006 e 17 de abril de 2006. Após esse prazo tanto a venda de ações via convênio bancário quanto a transferência de ações em balcão voltarão a ser realizadas, tendo por objeto as ações da Vivo Participações.